Mandados são cumpridos em três estados; grupo teria enganado mais de 250 vítimas e movimentado mais de R$ 1 milhão em um mês

(Foto: divulgação/ PCMG)
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, na manhã desta terça-feira (27), a segunda fase da Operação Martelo Virtual, que investiga uma organização criminosa especializada em aplicar golpes por meio de sites falsos de leilão. A ação acontece simultaneamente em três estados brasileiros e dá continuidade à força-tarefa iniciada em abril deste ano.
As investigações começaram na delegacia de Frutal, no Triângulo Mineiro, e apontam que o grupo fraudulento movimentou mais de R$ 1 milhão em apenas um mês, enganando vítimas em cidades como Uberlândia, Frutal e diversas outras regiões do país.
Segundo a PC, o golpe era articulado por uma rede de criminosos que atuava desde 2023, com ramificações também no Paraná, especialmente em Curitiba e Rolândia. Na primeira fase da operação, um homem de 27 anos e uma mulher de 23 foram alvos de mandados judiciais. Três buscas resultaram na apreensão de celulares, que auxiliaram na nova etapa das investigações.
O esquema consistia na criação de sites falsos de leilão, que imitavam endereços de páginas reais. Ao pesquisarem veículos à venda, vítimas acessavam os links fraudulentos, eram levadas a negociar por aplicativos de mensagens e, por fim, transferiam valores via Pix para contas de terceiros ligados à quadrilha.
O nome “Martelo Virtual” faz referência ao objeto usado para encerrar lances em leilões físicos, agora representando os golpes aplicados no ambiente digital.
De acordo com a Polícia Civil, a quadrilha atuava em pelo menos oito estados: Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Rondônia, Tocantins, Bahia, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. Ao todo, mais de 250 vítimas já foram identificadas.
Nesta nova fase da operação, estão sendo cumpridos 24 mandados de prisão, 57 de busca e apreensão, além do bloqueio de bens e valores relacionados aos investigados.