Glézia Divina segue presa; crime ocorreu em abril e vítima sobreviveu após comer arroz envenenado
A auxiliar de saúde bucal Glézia Divina Rodrigues, de 50 anos, tornou-se ré por tentativa de homicídio qualificado contra o então namorado, de 58 anos, em Araguari (MG). A denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) foi aceita pela Justiça após a mulher confessar à Polícia Militar que colocou veneno de rato no jantar da vítima. O crime aconteceu na madrugada do dia 7 de abril.
Segundo o MPMG, Glézia teria convencido o companheiro a comprar o chumbinho meses antes, alegando que usaria o produto para combater ratos. Na noite do crime, enquanto o homem saía para comprar cerveja, ela colocou todo o veneno em uma panela de arroz. A ingestão causou forte intoxicação e a vítima procurou ajuda na vizinhança durante a madrugada, sendo levada à UPA de Araguari, onde ficou internada sem risco de morte.
Inicialmente, a mulher negou o crime, mas acabou confessando. Alegou que havia sido vítima de violência doméstica, embora não houvesse registros formais ou datas informadas. Glézia foi presa em flagrante e segue detida preventivamente na Penitenciária Professor João Pimenta da Veiga, em Uberlândia.
A denúncia do MPMG classifica o crime como tentativa de homicídio por motivo torpe, meio cruel e com uso de meio que dificultou a defesa da vítima. Além disso, o órgão solicita que a acusada pague indenização correspondente a dez salários mínimos à vítima.
O processo tramita na 2ª Vara Criminal e de Execuções Penais da Comarca de Araguari.
