Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher autuou o agressor em flagrante após ele raspar o cabelo da ex-namorada e divulgar o crime em redes sociais.
A Polícia Civil de Minas Gerais, por meio da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Uberlândia, autuou em flagrante o comerciante de 37 anos investigado por raspar o cabelo da ex-namorada e compartilhar vídeos do crime nas redes sociais. A corporação também requereu medidas protetivas para a vítima, de 27 anos.
O crime ocorreu no domingo (18), na cidade de Prata, no Triângulo Mineiro, onde a jovem trabalhava em um posto de combustíveis. De acordo com a Polícia Militar, o agressor abordou a vítima, a obrigou a entrar em seu veículo e a agrediu, gravando todo o episódio.
Após o crime, ele fugiu para Uberlândia, a cerca de 80 km de distância, onde foi localizado e preso no Bairro Planalto. Durante a prisão, foram apreendidos materiais que podem reforçar as investigações.
Segundo a delegada Daniela Novais, o comerciante é investigado pelos crimes de lesão corporal, ameaça, difamação, injúria e sequestro. “Ele fechou o carro dela na porta do trabalho e, mediante ameaças, obrigou-a a entrar no carro dele, por isso o sequestro. Ela já estava com muito medo, pois estava sendo ameaçada há dias”, afirmou.
Ainda conforme a investigação, o agressor não aceitava o fim do relacionamento, encerrado em abril após episódios de ciúmes e comportamentos possessivos. A vítima relatou que o homem já havia ameaçado raspar seu cabelo caso suspeitasse de infidelidade.
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que a jovem foi forçada a entrar no carro. Durante o trajeto, o agressor a agrediu e perguntou se ela “preferia ficar careca ou morrer”. Após o crime, ele enviou o vídeo à vítima e o mostrou a terceiros no posto de combustíveis.
Encaminhado ao Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, o agressor gravou ainda outros vídeos nos quais confirmava a agressão e fazia novas ameaças à vítima e aos familiares dela. Para preservar sua integridade, o conteúdo não será divulgado. O nome do suspeito também não foi divulgado pelas autoridades.
