Operação THC prendeu quatro pessoas e apreendeu um menor; plantações com alto teor de THC foram localizadas em Uberlândia e Cascalho Rico

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou nesta quinta-feira (31) uma operação simultânea nas cidades de Uberlândia e Cascalho Rico, no Triângulo Mineiro, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa envolvida com o cultivo, beneficiamento e comercialização de maconha considerada ‘gourmet’, com alto teor de THC. A operação foi batizada de THC, em alusão ao tetrahidrocanabinol, principal substância psicoativa da droga.
No total, quatro adultos foram presos em flagrante — duas mulheres em Uberlândia e um casal em Cascalho Rico — e um adolescente de 17 anos foi apreendido. A ação envolveu o 9º Departamento de Polícia Civil, com apoio das delegacias regionais de Uberlândia (1ª DRPC) e Araguari (4ª DRPC).
Em Uberlândia, as prisões ocorreram nos bairros Jardim Ipanema e Mansões Aeroporto. Com as mulheres, foram encontradas três armas de fogo (calibres 9mm, 12 e 22), 76 munições dos dois primeiros calibres e cerca de 500 munições de calibre 22. Elas foram autuadas e encaminhadas ao presídio.

Já em Cascalho Rico, a polícia descobriu uma lavoura com cerca de 4 mil pés de maconha, cultivados em uma área de 3 mil metros quadrados com estrutura sofisticada, incluindo sistema de irrigação, iluminação artificial e material para beneficiamento. Também foram apreendidos cerca de 15 quilos de flor de maconha in natura. O casal preso reside na fazenda com o filho menor de idade. Nenhum dos três possuía antecedentes criminais.

Segundo o delegado regional Rodrigo Florindo Faria, cada quilo da maconha produzida era comercializado por R$ 8 mil em Uberlândia, o que evidencia o alto valor agregado da droga. Para a polícia, o grupo operava há algum tempo e tinha estrutura organizada, sendo agora alvo de novas etapas de investigação para identificar outros envolvidos.
Durante coletiva de imprensa, os delegados Gustavo Ferraz, Gustavo Anai e Rodrigo Florindo reforçaram que os adultos vão responder por tráfico de drogas, porte ilegal de armas e organização criminosa, enquanto o menor será apresentado ao Juizado da Infância e Juventude de Araguari.