Apuração do caso considerou depoimentos, documentos e análise do contexto; investigado não foi indiciado

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) finalizou o inquérito sobre o homicídio registrado no distrito de Pilar, em Patos de Minas, no dia 3 de julho, e concluiu que o caso se trata de legítima defesa. O episódio envolveu a morte de um homem de 30 anos, esfaqueado por outro de 47 durante uma briga.
De acordo com as investigações, a vítima teria ido até a casa do suspeito, ameaçado matá-lo e iniciado uma luta corporal. Na sequência, a vítima teria se armado com uma faca, arrombado a porta e invadido a residência, mantendo as ameaças e agressões. O suspeito tentou fugir, mas foi perseguido do lado de fora. Em meio à confusão, conseguiu tomar a faca e, mesmo assim, a vítima continuou a agressão. O investigado então desferiu golpes de faca que resultaram na morte do agressor.
A apuração reuniu depoimentos de 12 pessoas pela Oitiva Virtual Móvel (OVM), além de documentos e outros elementos que subsidiaram a decisão da PCMG de não indiciar o investigado. Segundo o delegado Luís Mauro Sampaio Pereira, responsável pelo caso, situações de legítima defesa são avaliadas com rigor antes da definição pelo indiciamento. O Ministério Público já havia se manifestado favorável à liberdade provisória do suspeito, considerando os fatos apurados.