Declaração da imunização pode ser feita presencialmente ou pelo Portal do Produtor; doença é letal e não tem cura

O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) intensifica o alerta para que produtores rurais reforcem a vacinação contra a raiva em seus rebanhos. A doença, que não tem cura e é letal, pode ser transmitida para os seres humanos, configurando uma grave ameaça à saúde pública.
Segundo Daniela Lamas, coordenadora do Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH) em Minas Gerais, a vacinação continua sendo a principal forma de prevenção. “As vacinas podem ser adquiridas nas diversas casas agropecuárias cadastradas junto ao IMA”, destacou.
A coordenadora também reforça a importância da declaração da vacinação, que deve ser feita presencialmente em uma unidade do IMA ou pelo Portal do Produtor. Esse controle permite mapear áreas vulneráveis e planejar ações de combate com maior precisão, protegendo a saúde animal, humana e a economia rural.
Em caso de suspeita da doença, o produtor deve isolar o animal e informar imediatamente o IMA. Os sintomas mais comuns são salivação excessiva, dificuldade para engolir e andar, e comportamento apático.
Medidas de prevenção
O IMA realiza ações como controle de morcegos hematófagos, monitoramento epidemiológico, orientação técnica e coletas laboratoriais para detecção da raiva. Casos confirmados em herbívoros são imediatamente notificados à Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), seguindo o conceito de saúde única, que integra ações de saúde animal, humana e ambiental.

O principal transmissor da doença é o morcego Desmodus rotundus, que se alimenta de sangue. O IMA orienta que qualquer morcego encontrado durante o dia ou em situação incomum não seja tocado e que o caso seja comunicado às autoridades.