Nova estrutura deve atender pacientes que necessitam de cuidados prolongados; Estado prevê investimentos e reforça recursos para leitos hospitalares na região
O Hospital Maria Modesto, tradicional referência em psiquiatria em Uberaba, passará a oferecer uma nova estrutura de atendimento voltada para pacientes que necessitam de cuidados prolongados após AVC (acidente vascular cerebral) e traumas. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, durante visita à cidade na manhã de hoje (21).
De acordo com Baccheretti, o hospital deve receber ampliação da estrutura física, novos equipamentos e a implantação de uma unidade de cuidados prolongados, algo que falta atualmente na região. “Não temos nenhum leito desse tipo em Uberaba e em toda a macro região. O objetivo é garantir uma recuperação mais rápida e eficiente para quem passa por AVC ou trauma, evitando sobrecarga nos hospitais de alta complexidade”, explicou o secretário.
O gestor lembrou que o novo perfil assistencial do Maria Modesto permitirá desafogar outros hospitais, como o Mário Palmério e as clínicas da cidade. Segundo ele, a rede hospitalar de Uberaba vem recebendo aumento progressivo de recursos. “Em 2018, o repasse estadual para Uberaba era de R$ 8 milhões por ano. No ano passado, ultrapassou R$ 80 milhões. A cidade ampliou o hospital regional, está aumentando sua produção hospitalar e, por isso, recebe mais”, afirmou.
Durante a visita, Baccheretti também destacou a necessidade de articular a assistência nas cidades vizinhas. “Vamos reunir os prefeitos das micro regiões para melhorar a resolubilidade no interior, trazendo para Uberaba apenas os casos de alta complexidade. O SAMU também terá papel importante nesse fluxo”, ressaltou.
O secretário ainda falou sobre o enfrentamento à dengue na região, que teve quase 20 mortes em Uberaba neste ano. Segundo ele, a situação deve ser melhor no próximo ano, mas o Estado seguirá atuando de forma antecipada, com uso de drones para identificação de focos do mosquito e aplicação de larvicida em pontos estratégicos. “Não vamos pagar para ver. Vamos atuar adiantadamente para evitar novos surtos”, completou.
