Vítima foi agredida, ameaçada e forçada a entrar no carro do agressor, que filmou o ato e exibiu a colegas dela

Um homem de 37 anos foi preso no domingo (18) no Bairro Planalto, em Uberlândia, após cometer um crime brutal contra sua ex-namorada, de 27 anos, na cidade de Prata, no Triângulo Mineiro. Ele é acusado de sequestrar, agredir e raspar o cabelo da vítima, além de filmar a ação e exibir o vídeo em tom de deboche para colegas de trabalho da mulher. As imagens foram compartilhadas na internet.
De acordo com o boletim de ocorrência, o crime começou quando a vítima chegava ao trabalho e foi abordada pelo suspeito no estacionamento. Ele a obrigou, sob gritos e ameaças, a entrar no carro. No trajeto até a casa dele, a mulher foi agredida com tapas, socos e puxões de cabelo. Já na residência do agressor, foi forçada a sentar-se e permanecer em silêncio enquanto ele raspava completamente sua cabeça com uma máquina elétrica.
O vídeo foi enviado para o celular da vítima, que foi liberada em seguida. Ela procurou ajuda do padrasto e foi levada até a Polícia Militar. Abalada, precisou de atendimento médico antes de registrar a denúncia. Durante o atendimento, os policiais foram informados que o agressor retornou ao local de trabalho da mulher e mostrou o vídeo a seus colegas, vangloriando-se da violência cometida.
Imagens de câmeras de segurança mostraram o homem fugindo em direção a Uberlândia, onde foi localizado e preso ainda no domingo.
Segundo a vítima, o relacionamento com o agressor durou pouco mais de um ano e terminou em abril por causa de comportamentos possessivos e crises de ciúmes. Ela revelou que já havia sido ameaçada antes, inclusive com a promessa de ter o cabelo raspado caso ele desconfiasse de traição.
A polícia também teve acesso a mensagens enviadas por ele durante a madrugada, em que prometia espancar, raspar o cabelo e ameaçava a integridade física da ex-namorada. Em outros vídeos gravados após o crime, o homem se identifica como “o cortador de cabelo de mulher” e afirma que repetiria o ato com qualquer mulher que o traísse.
A Polícia Civil segue com a investigação e o agressor deve responder por sequestro, lesão corporal, violência psicológica e ameaça, com agravantes por motivação de gênero.