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Casos recentes de agressão em Uberaba reforçam o alerta sobre violência doméstica

Agosto Lilás reforça a urgência de combater a violência doméstica e garantir acolhimento digno às vítimas em Uberaba

Nesta semana, duas mulheres viveram momentos de medo e dor em Uberaba. Agredidas pelos próprios companheiros, elas tiveram que fugir de casa para preservar suas vidas. Essas histórias, que infelizmente não são isoladas, refletem uma realidade recorrente não só na cidade, mas no país e confirmam a necessidade de se falar e combater a violência doméstica que acontece dentro de tantos lares.

O Agosto Lilás é símbolo de luta, e em todo Brasil entra em cena a campanha que propõe intensificar as ações de prevenção e enfrentamento à violência contra a mulher.

Os dados da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, comprovam a incidência elevada das ocorrências contra mulheres. De janeiro a junho mais de mil ocorrências envolvendo violência doméstica, psicológica, ameaças e descumprimento de medidas protetivas, foram registradas apenas no município de Uberaba. Os dados fazem parte de um levantamento da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

Grande parte dos registros na cidade envolve violência física, como lesões e agressões diretas, e também violência psicológica, geralmente relacionada a ameaças e controle emocional. Muitas vítimas chegam à delegacia depois de anos sofrendo em silêncio. “Algumas sequer reconhecem que estão em situação de violência — especialmente quando os abusos acontecem de forma velada, em relações controladoras, com humilhações, isolamento e medo”, esclarece a delegada da Mulher, Mariana Pontes Andrade.

A delegada explica que o atendimento no local é feito por uma equipe preparada, com policiais capacitados e salas exclusivas para a escuta qualificada. Após o registro da ocorrência, a vítima pode solicitar medidas protetivas de urgência, como o afastamento do agressor e a proibição de contato. Ela também é encaminhada à rede de apoio da cidade, onde passa a receber orientação jurídica, acolhimento psicológico e suporte social.

No Centro Integrado da Mulher (CIM) órgão de defesa da secretaria municipal de Desenvolvimento Social esse acolhimento é feito com cuidado e atenção a cada história. De acordo com a coordenadora de políticas públicas para mulheres, Fernanda Mendes, muitas vítimas chegam fragilizadas, com medo, e sem saber por onde começar. “Nosso trabalho é mostrar que ela não está sozinha. Escutamos sem julgamento, entendemos suas necessidades e caminhamos juntas para reconstruir sua autonomia emocional e social”, afirma.

O centro funciona como uma ponte entre a denúncia e a retomada da vida com dignidade. Lá, a vítima recebe atendimento de psicólogas, assistentes sociais e orientação jurídica, além de encaminhamentos para outros serviços da rede de proteção. “Cada mulher tem um tempo. E respeitar esse tempo faz parte do processo de acolher com humanidade”, destaca Fernanda.

O CIM atende pelo telefone (34) 3312- 9161. Também é possível fazer denúncias pelo Disque 180, serviço nacional gratuito e sigiloso.

O Centro Integrado da Mulher e a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher trabalham em conjunto como ferramentas essenciais para o combate à violência contra a mulher, unindo esforços para garantir proteção, acolhimento e justiça às vítimas.

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