Categoria pede reajuste salarial de 7%; Justiça exige que 70% do efetivo continue operando

Créditos: Siemaco
Mais de 2.900 trabalhadores da limpeza urbana das empresas Terracom, Terra Santos Ambiental e PG Eco Ambiental entraram em greve por tempo indeterminado nesta terça-feira (29) na Baixada Santista. A paralisação afeta os municípios de Santos, São Vicente, Cubatão, Guarujá, Praia Grande e Bertioga.
A categoria reivindica reajuste de 7% nos salários e benefícios, enquanto as empresas ofereceram 5,5% de aumento salarial e 7,5% nos benefícios, proposta que foi rejeitada em assembleia realizada na segunda-feira (28). Os trabalhadores também recusaram a proposta de 6% feita em audiência no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região.
Sem acordo, a Justiça determinou que 70% do efetivo operacional seja mantido, em sistema de revezamento, para garantir os serviços essenciais, como coleta de lixo, varrição de ruas, limpeza de praias, poda de árvores e manutenção de ecopontos e bocas de lobo. O descumprimento pode gerar multa diária de R$ 100 mil ao sindicato da categoria (Siemaco).
Segundo José Alberto Torres Simões, vice-presidente do Sindrod, que representa os motoristas da coleta, o pedido de reajuste leva em conta a reposição da inflação somada a 2% de aumento real. Ele alerta que, sem o reajuste, os trabalhadores da limpeza urbana podem acabar recebendo apenas um salário mínimo.
Em nota, as empresas afirmam que estão cumprindo as determinações legais e operando por revezamento, garantindo a continuidade dos serviços essenciais nos municípios.