Queda na geração de empregos expõe fragilidade econômica da Baixada Santista

Queda na geração de empregos expõe fragilidade econômica da Baixada Santista
Seis das nove cidades da região fecharam março com mais demissões que contratações, e saldo total caiu mais de 60% em relação a 2024

IMAGENS DA INTERNET

A Baixada Santista encerrou o mês de março com uma queda expressiva na geração de empregos formais. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o saldo de contratações com carteira assinada foi de apenas 853 na região, número 62,27% menor do que o registrado no mesmo mês de 2024, quando houve 2.261 admissões. O desempenho representa apenas 1,12% do total de vagas criadas no Estado de São Paulo, que somou 76.339 novos postos de trabalho.

Entre os nove municípios da região, seis fecharam março com mais demissões do que admissões. Em Guarujá, por exemplo, foram 1.815 desligamentos contra 1.463 contratações, resultando em um saldo negativo de 352 empregos. O número chama a atenção por repetir exatamente os dados do ano anterior, evidenciando uma estagnação preocupante no mercado local.

Santos, maior cidade da Baixada, teve desempenho positivo, mas em queda. Foram 951 novas vagas, contra 1.272 em março de 2024 — retração de 25,23%. Apesar do saldo ainda ser favorável, o ritmo de contratação desacelera, indicando que a maior economia regional também sente os reflexos da instabilidade.

Praia Grande teve um dos piores desempenhos: saldo de apenas sete vagas em março, resultado de 2.495 contratações e 2.488 demissões. A cidade perdeu quase toda a força que teve no ano passado, quando o saldo foi de 411 vagas — uma queda de 98%.

Outros municípios apresentaram saldo tímido ou negativo. São Vicente registrou apenas 10 novas vagas, contra 21 no ano anterior. Em Bertioga, a situação também piorou: saldo de 20 admissões, número 76,19% menor do que as 84 registradas em 2024. Itanhaém viu os desligamentos saltarem de 23 para 152 — um aumento de 560%.

Peruíbe teve uma leve melhora em relação ao ano passado, quando o saldo foi negativo em 23 vagas. Em março deste ano, foram registradas 427 contratações e 438 demissões, resultando em um saldo negativo de 11. Apesar da melhora, os números ainda mostram mais saídas do que entradas no mercado formal.

Mongaguá foi a única exceção no cenário regional. A cidade saltou de 49 demissões em março de 2024 para 72 contratações neste ano — crescimento de 246,94%. Apesar do número absoluto ser modesto, o desempenho foi o melhor da Baixada Santista proporcionalmente.

Cubatão fechou o mês com 592 novas vagas, número inferior às 665 do ano anterior. A queda de 10,98% reforça a tendência geral de retração, ainda que o município se mantenha entre os que mais contratam na região. O panorama mostra uma economia regional travada, sem reação consistente e com sinais claros de enfraquecimento.

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