Animal foi resgatado sem ferimentos após escalar rede elétrica no bairro Itararé; GCM alerta para aumento de ocorrências envolvendo fauna silvestre na região
IMAGENS DA INTERNET
Na tarde do último domingo (27), moradores do bairro Itararé, em São Vicente, foram surpreendidos por uma cena inusitada: um bicho-preguiça escalava um poste de energia elétrica. O caso, registrado por volta das 16h50, rapidamente mobilizou equipes da Guarda Civil Municipal (GCM), que mantém uma divisão especializada no resgate de fauna silvestre.
O chamado ao Centro de Controle Operacional da GCM alertava para o risco tanto ao animal quanto à rede elétrica da região. Para prevenir acidentes, foi acionada a concessionária CPFL, responsável pelo fornecimento de energia, que preparava o desligamento temporário da fiação na área.
Apesar do aparato montado, a operação não chegou a ser concluída. Antes mesmo da chegada da CPFL, o próprio animal desceu lentamente do poste, surpreendendo os agentes e aliviando a tensão dos moradores que acompanhavam o resgate.
O bicho-preguiça, um macho da espécie Bradypus variegatus, apresentava sinais de agitação, mas nenhum ferimento visível. Após ser capturado com o uso de equipamentos adequados, ele foi encaminhado ao Horto Municipal para avaliação veterinária.
A análise confirmou que o mamífero estava em boas condições de saúde. Em seguida, foi devolvido ao seu habitat natural, em uma área de mata no morro do Voturuá, onde há registros frequentes da espécie.
Casos como esse revelam os impactos da urbanização desordenada sobre o deslocamento de animais silvestres, que cada vez mais adentram áreas urbanas em busca de abrigo ou alimento, muitas vezes expostos a situações de risco.
A GCM Ambiental reforça que a população deve evitar qualquer tentativa de contato direto com esses animais e recomenda que, ao notar situações semelhantes, moradores acionem o telefone 153 para solicitar atendimento especializado.
A atuação rápida e coordenada da equipe não só garantiu a segurança do animal como também chamou atenção para a importância da preservação dos corredores ecológicos que conectam a cidade às áreas de mata nativa.
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