O crime ocorreu no dia 8, em uma clínica médica no bairro Marapé, em Santos

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No dia 7 de maio, Amanda Fernandes Carvalho, de 42 anos, foi assassinada em uma clínica médica de Santos com 51 facadas e três tiros pelo marido, o sargento da Polícia Militar Samir do Nascimento Rodrigues de Carvalho. A informação consta em um laudo do Instituto Médico Legal (IML) divulgado nesta quarta-feira (21).
Durante o ataque, a filha do casal, de 10 anos, também foi baleada e precisou ser hospitalizada, permanecendo internada por seis dias. Samir foi preso em flagrante.
De acordo com o laudo necroscópico, a maioria das facadas atingiu o lado direito do corpo de Amanda, com golpes que foram da coxa até a face. O documento também aponta que os disparos foram feitos à distância.
O médico legista concluiu que a vítima teve uma “morte violenta, decorrente de anemia aguda por hemorragia interna traumática, em consequência dos ferimentos” provocados pelos tiros e facadas.
Atualmente, Samir está detido no presídio da Polícia Militar Romão Gomes, na capital de SP. O PM fica inativo temporariamente, no que se chama de agregação militar, onde perde o direito ao salário e o tempo de serviço não é considerado.
Porém, ele pode ter sua transferência para Santos nesta semana para cooperar na reconstituição do crime, segundo a delegada Débora Lázaro, titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), que atua na investigação, onde o inquérito policial foi instaurado.
Depoimento do médico
O médico proprietário da clínica contou para as autoridades que Amanda estava muito nervosa quando entrou, falando sobre as ameaças do companheiro.
“Meu marido está comigo, está armado, é policial e ele quer me matar, pois estamos nos separando”, teria dito Amanda ao médico.
O médico, então, fechou a porta do consultório, formando uma barricada com duas cadeiras. O mesmo pediu para que a paciente chamasse a polícia.
Enquanto isso, o doutor escutou uma batida, mas não teve retorno de quem era. Logo em seguida, sua secretária pediu para que ele abrisse a porta, pois a PM havia chegado no local.
Seguindo o recomendado, ele abriu levemente a porta e foi para atrás da mesa, porque viu o policial fardado no final do corredor. Na sequência, escutou mais de dez tiros.
O profissional, que continuou se protegendo atrás da mesa, acredita que os disparos foram iniciados já no lado de fora da sala. Ele conta ainda que viu o corpo de Amanda com uma faca afixada em seu pescoço e coberta de sangue.
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