Ela denunciou o irmão ao PCC por suposto estupro da filha e acompanhou o julgamento que resultou na morte do homem
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Uma mulher de 39 anos foi presa em Cubatão, no litoral de São Paulo, após participar do julgamento do irmão no chamado Tribunal do Crime, organizado pelo Primeiro Comando da Capital (PCC). Segundo a Polícia Civil, a mulher acusou o irmão de estuprar sua filha de 13 anos e, junto do ex-companheiro, pai da adolescente, denunciou o caso à facção criminosa.
O homem sequestrado era meio-irmão da suspeita, sendo ambos filhos da mesma mãe, mas de pais diferentes. As investigações apontam que ele foi torturado e morto pelo PCC após o julgamento ocorrido na comunidade Vila Esperança, no final do ano passado. A mãe da adolescente e o ex-companheiro dela estiveram presentes durante o Tribunal do Crime, que determinou a execução do homem.
A Justiça decretou mandados de prisão temporária para o casal, considerado coautor no assassinato. A mulher foi presa na quarta-feira (25), quando se preparava para entrar na comunidade Vila dos Pescadores, também em Cubatão. Já o pai da adolescente não foi localizado, pois estava trabalhando como caminhoneiro.
Até o momento, não há confirmação de que o homem estuprou a menor. A adolescente aguarda os exames periciais junto ao Instituto Médico Legal (IML), com o acompanhamento do Conselho Tutelar.
A prisão ocorreu durante uma grande operação do Departamento de Polícia Judiciária do Interior-6 (Deinter-6), que abrange 24 cidades da Baixada Santista e do Vale do Ribeira. A ação, que contou com cerca de um mês de investigações e inteligência policial, foi realizada entre quarta (25) e quinta-feira (26).
Ao todo, 36 pessoas foram presas em flagrante, 11 adolescentes apreendidos e 68 mandados de busca e apreensão cumpridos, além de 29 mandados de prisão. Durante as ações, a polícia apreendeu 36 veículos, peças de motocicletas, quatro armas de fogo e aproximadamente 78 kg de entorpecentes. Um desmanche clandestino de motocicletas foi descoberto em frente ao Cemitério do Paquetá, em Santos. Também foi preso um homem que confessou ter assassinado uma pessoa em situação de rua a tiros.
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