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Morcegos assustam público durante peça no Teatro Municipal de Santos

Presença dos animais interrompe espetáculo estrelado por Marcelo Serrado e Letícia Spiller; especialistas alertam para riscos da raiva, doença grave e quase sempre fatal.

Créditos: Uwe Schmidt

O Teatro Municipal Braz Cubas, em Santos (SP), tem sido palco de uma situação inusitada: a presença recorrente de morcegos durante apresentações. No último dia 26 de julho, o público que assistia à peça “Avesso do Avesso”, estrelada por Marcelo Serrado e Letícia Spiller, foi surpreendido pelos animais que sobrevoavam a plateia. A apresentação chegou a ser interrompida por Serrado, após notar a agitação do público diante da invasão inesperada.

“Ele entrou dando um rasante”, relatou o ator, referindo-se a um dos morcegos. A produção da peça conseguiu conduzir a situação com tranquilidade, mas parte dos espectadores ficou incomodada. O estudante de medicina Guilherme Azevedo, de 37 anos, afirmou ao portal g1 que deixou a sessão dez minutos após o início. “Notei ao menos dois morcegos voando pela sala”, contou, ressaltando que é frequentador assíduo do teatro e nunca presenciou algo semelhante.

A arborização ao redor do teatro contribui para a presença dos animais. Embora a cena possa parecer apenas inusitada, especialistas alertam para riscos reais à saúde pública, principalmente relacionados à raiva — doença viral grave transmitida por mamíferos como os morcegos, através da saliva, mordidas ou arranhões.

A raiva é causada por um vírus do gênero Lyssavirus e acomete o sistema nervoso central. A doença é quase sempre fatal, levando à morte em cerca de 100% dos casos após o início dos sintomas. Ela pode ser transmitida por meio da mordida ou até pelo contato com a saliva do animal infectado, mesmo que esteja morto. Por isso, autoridades de saúde alertam: ao encontrar um morcego em local urbano, não toque no animal sob nenhuma hipótese e acione imediatamente o serviço de controle de zoonoses da cidade.

Se houver qualquer possibilidade de exposição ao vírus, a orientação é procurar atendimento médico imediatamente. A principal medida preventiva é a vacina antirrábica, que pode ser aplicada antes da exposição em casos de risco constante, ou logo após o contato suspeito. O tratamento pós-exposição inclui a vacinação e, em alguns casos, o uso de soro antirrábico, aumentando significativamente as chances de evitar a doença.

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