Mercado desacelera após boom em 2024, com quedas de até 40% nos contratos de locação e recuo nas vendas

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As transações imobiliárias na Baixada Santista apresentaram queda significativa em abril de 2025, segundo levantamento divulgado pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (CRECISP). A pesquisa, realizada com 49 imobiliárias das cidades da região, apontou queda de quase 5% nas vendas de imóveis e de até 40% nos novos contratos de locação, em comparação com março deste ano.
Entre as cidades analisadas estão Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos e São Vicente. Os dados reforçam uma tendência de desaceleração que também é perceptível nos números acumulados do ano, com queda de 45,36% nas vendas e de 26,47% nas locações.
Apesar dos índices negativos, o presidente do CRECISP, José Augusto Viana Neto, contextualiza o cenário como um movimento de ajuste após o forte aquecimento registrado em 2024. “A Baixada Santista continua sendo uma das regiões mais promissoras do estado, favorecida por investimentos em mobilidade urbana, como a expansão do VLT, e pela valorização contínua de áreas com vista para o mar e boa infraestrutura”, afirmou.
Entre os imóveis vendidos em abril, 42% foram casas e 58% apartamentos, com valor médio acima de R$ 500 mil. A maioria das casas tinha dois dormitórios e área entre 100 e 200 m², enquanto os apartamentos mais negociados também contavam com dois dormitórios e área entre 50 e 100 m². A localização foi equilibrada entre regiões nobres (36,2%), centrais (31%) e periféricas (32,8%).
Já nas locações, 59% foram de casas e 41% de apartamentos. A faixa de preço preferida pelos inquilinos variou entre R$ 1.000 e R$ 2.000. As casas mais alugadas tinham dois dormitórios e até 100 m² de área útil, enquanto os apartamentos eram majoritariamente de três dormitórios e área entre 50 e 200 m². O depósito caução foi a garantia mais utilizada, e a maior parte dos imóveis alugados estava em áreas nobres (56%).
Entre os motivos para mudança dos inquilinos, 56,5% buscaram aluguéis mais baratos, 34,8% optaram por valores mais altos e 8,7% não informaram o motivo.
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