Obra histórica deve substituir balsas com travessia submersa; missão passa por China, Coreia do Sul e Japão

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O Governo do Estado de São Paulo está em missão internacional na Ásia com o objetivo de atrair investimentos para a construção do Túnel Santos–Guarujá, projeto esperado há quase um século pela população da Baixada Santista. A comitiva, liderada pelo secretário de Parcerias em Investimentos, Rafael Benini, busca captar R$ 6,8 bilhões por meio de concessão, além de estabelecer cooperação técnica com China, Coreia do Sul e Japão.
Com 1,5 km de extensão, sendo 870 metros submersos, o túnel será a primeira ligação subaquática imersa do Brasil, com três faixas por sentido, ciclovia, passagem de pedestres e faixa adaptável para Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A iniciativa substituirá a atual travessia por balsas, que sofre com lentidão e instabilidade devido ao tráfego portuário e condições climáticas.

A missão, que segue até sexta-feira (27), também conta com a presença do diretor-presidente da Artesp, André Isper, e do diretor de Assuntos Corporativos da Companhia Paulista de Parcerias (CPP), Augusto Almudin. A agenda inclui encontros com empresas dos setores de mobilidade, infraestrutura, tecnologia e instituições financeiras dos três países asiáticos.
“O objetivo é atrair parceiros estratégicos, apresentar oportunidades de investimento e colher contribuições que melhorem nossos projetos”, afirmou o secretário Rafael Benini.
A ação ocorre após a revisão do edital do projeto, publicada em 9 de maio, com atualizações técnicas e operacionais. O custo da obra foi reajustado de R$ 5,96 bilhões para R$ 6,8 bilhões, após consultas internacionais durante roadshows na Europa.
A abertura dos envelopes com as propostas de empresas interessadas ocorrerá em 1º de setembro, às 10h, e o leilão está marcado para o dia 5 do mesmo mês, às 16h, na sede da B3, em São Paulo.
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