Governo de São Paulo republica edital do túnel imerso Santos–Guarujá

O valor revisado para a conclusão da obra saltou de R$6 bilhões para R$6,8 bilhões

Créditos: Reprodução

O Governo de São Paulo republicou nesta segunda-feira (9) o edital para a construção do túnel submerso que ligará Santos e Guarujá. A principal mudança em relação à versão anterior está no valor do investimento, que passou de R$ 6 bilhões para R$ 6,8 bilhões, após revisões técnicas e atualizações de custos.

O novo documento contempla ajustes nos estudos de tráfego, adequações nas exigências de dragagem, alterações nos preços de insumos como concreto e estruturas de contenção, além de soluções provisórias para garantir o funcionamento do Porto de Santos durante a execução da obra.

As alterações também respondem às sugestões feitas por investidores internacionais durante uma rodada de apresentações na Europa, que visou tornar o projeto mais atrativo no mercado global.

Atualizado com base nos parâmetros econômicos de janeiro de 2025, o edital mantém o modelo de Parceria Público-Privada (PPP), com prazo de 30 anos, abrangendo as etapas de construção, operação e manutenção do túnel. O investimento será viabilizado por meio de um consórcio entre União, Estado e iniciativa privada, com apoio do Novo PAC e do Programa de Parcerias de Investimentos do Estado.

O projeto prevê uma ligação de aproximadamente 1,5 quilômetro entre as margens de Santos e Guarujá, sendo 870 metros em trecho submerso. A estrutura será composta por três faixas de rolamento em cada sentido — uma delas exclusiva para o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) — além de passagens segregadas para pedestres e ciclistas.

A obra utilizará a técnica de módulos pré-fabricados, o que a tornará pioneira no Brasil e a maior do tipo na América Latina. A entrega das propostas pelas empresas interessadas está prevista até o dia 1º de setembro, com o leilão agendado para 5 de setembro, na sede da B3, em São Paulo.

Com impacto direto na mobilidade e na logística portuária, o túnel deve reduzir em até 45 minutos o tempo gasto atualmente na travessia por balsas, utilizadas diariamente por mais de 21 mil veículos e 15 mil pessoas.

Além disso, estima-se a geração de aproximadamente 9 mil empregos diretos e indiretos durante a execução do projeto, além da redução na emissão de poluentes e no tempo de espera para o escoamento de cargas nos terminais do Porto de Santos.

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