Criminosos acessam dados de processos e usam videochamadas para enganar vítimas
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A prática criminosa de se passar por advogado para enganar clientes tem se intensificado no litoral paulista, exigindo novas ações da Ordem dos Advogados do Brasil. Além de mensagens e ligações, os estelionatários passaram a utilizar videochamadas e documentos aparentemente legítimos para dar credibilidade à fraude.
Segundo Raphael Meirelles, presidente da OAB Santos, os golpistas acessam processos em andamento — especialmente os que estão em fase final — e abordam as vítimas pelo WhatsApp, usando os dados reais para se identificar como representantes legais. Em alguns casos, os criminosos clonam o número do advogado, o que aumenta a verossimilhança da abordagem.
Durante a comunicação, os falsários enviam informações sobre o processo e solicitam o pagamento de honorários, apresentando inclusive guias de pagamento falsificadas. Há relatos recentes de que os estelionatários têm recorrido a chamadas de vídeo para reforçar a farsa, embora se recusem a mostrar o rosto, alegando fazer parte do suposto escritório jurídico.
A OAB tem recomendado que os cidadãos sempre confirmem as informações por meio de telefones fixos e verifiquem a procedência dos dados antes de realizar qualquer pagamento. Para proteger os profissionais que também são afetados, a subseção santista da OAB tem emitido declarações oficiais em casos de suspeita de uso indevido dos contatos dos advogados.
O acesso fácil aos processos judiciais — via simples cadastro no portal do Tribunal de Justiça de São Paulo — tem facilitado a ação dos golpistas. Em resposta, o TJ-SP está implementando um novo sistema que requer validação por e-mail para liberar o conteúdo, como forma de coibir o uso indevido das informações públicas.
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