Yara Melo Delfino afirma estar na casa de uma amiga e promete retorno, mas versão levanta dúvidas

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Yara Melo Delfino, de 12 anos, desaparecida desde o último domingo (6) em Santos, litoral de São Paulo, enviou um áudio à mãe garantindo estar bem e afirmando que voltará para casa no dia 23. A mensagem, no entanto, não tranquilizou a família, que suspeita que a menina esteja sendo coagida a dar informações falsas sobre seu paradeiro.
Na gravação, a adolescente afirma estar na casa de uma amiga e pede que a mãe não se preocupe. Ela também relata que o rapaz com quem vinha conversando — supostamente conhecido por meio de um jogo online — estaria insistindo para que ela retornasse para casa. Apesar disso, diz que não pretende atender ao pedido e desinstalaria o aplicativo de mensagens.
A mãe, Maria Patrícia, desconfia que a filha esteja sob influência de terceiros. A suspeita recai sobre um homem de 18 anos com quem Yara trocava mensagens por WhatsApp. Segundo a família, os dois teriam se conhecido em uma plataforma de jogos. O número do rapaz estava salvo no celular da menina como “amorzinho”, o que reforça as suspeitas de proximidade.
Apesar do áudio tranquilizador, o conteúdo levanta preocupações. A adolescente menciona que o rapaz está tentando contato insistentemente e que está “incomodando”. A contradição entre a suposta segurança da jovem e a presença constante desse interlocutor intensifica a hipótese de que Yara não está totalmente livre para agir por conta própria.
A Polícia Civil segue investigando o caso como desaparecimento de pessoa. Imagens de câmeras de segurança mostram a menina caminhando sozinha pela rua no momento em que saiu de casa, carregando uma mochila, celular e uma sacola branca. Ela aparentava pressa e olhava constantemente para trás, o que também intriga os investigadores.
O delegado responsável, Thiago Nemi Bonametti, informou que ainda não é possível confirmar se Yara conheceu o rapaz por meio do jogo online, uma vez que o celular da adolescente não foi localizado e ela ainda não foi ouvida. A família apresentou à polícia conversas entre o homem e uma tia de Yara, que tentou contato fingindo ser amiga da menina. O homem negou saber o paradeiro da adolescente.
A mãe afirma que a filha não deu sinais de que planejava sair e que sempre manteve uma relação de confiança com ela. No dia do desaparecimento, Yara estava com uma tia e disse que subiria para arrumar seu quarto, mas não voltou. Um vizinho confirmou tê-la visto saindo da rua.
Abalada, Maria Patrícia relata angústia e dificuldades para dormir e se alimentar enquanto aguarda notícias da filha.
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