Casa Branca acusa governo Lula de ameaçar empresas americanas

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O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) uma ordem executiva que eleva para 50% a tarifa sobre produtos importados do Brasil. A medida começa a valer em 1º de agosto e foi justificada como resposta a ameaças à segurança nacional dos EUA.
Segundo a Casa Branca, o governo Lula estaria promovendo perseguição política a Jair Bolsonaro e seus aliados, o que representaria violações graves aos direitos humanos. A ordem invoca a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA), de 1977.
O texto cita diretamente o ministro Alexandre de Moraes, do STF, por supostamente intimidar opositores, proteger aliados corruptos e impor censura a empresas americanas, com multas, congelamento de ativos e exclusão de redes sociais no Brasil.
Trump afirma que está defendendo empresas americanas da extorsão e salvaguardando a liberdade de expressão de seus cidadãos contra censura imposta por autoridades estrangeiras. O caso do youtuber Paulo Figueiredo, alvo da Justiça brasileira, foi citado como exemplo.
Além das tarifas, Trump determinou a revogação dos vistos de Moraes, de outros ministros do STF e de seus familiares, alegando que eles promovem censura contra cidadãos americanos. A decisão foi implementada pelo secretário de Estado, Marco Rubio.
Trump reiterou que o tarifaço entrará em vigor sem adiamentos e criticou a postura brasileira em relação às empresas de tecnologia dos EUA, que teriam sido coagidas a entregar dados, remover conteúdos e alterar políticas sob ameaça de sanções severas.
A Casa Branca declarou que preservar a liberdade de expressão e proteger empresas dos EUA serão prioridades na política externa americana. O governo Trump classificou o comportamento do Brasil como uma “ameaça incomum e extraordinária”.