Parlamentar afirma que comentário foi mal interpretado e critica ‘cultura do lacre’ nas redes sociais
Reprodução/Agência Senado
O senador Plínio Valério (PSDB-AM) respondeu às críticas da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que o acusou de sexismo após uma declaração polêmica feita durante um evento no Amazonas. Na ocasião, Valério afirmou que seria difícil conversar com a ministra por seis horas sem “enforcá-la”, o que gerou ampla repercussão negativa.
Em entrevista à Revista Oeste, o senador afirmou que sua fala foi uma figura de linguagem e que não teve a intenção de incitar violência. “Usei uma figura de linguagem para expressar meu sentimento e indignação ao ouvir a ministra Marina Silva dizer na CPI das ONGs que não se pode construir uma estrada apenas para a população passear de carro”, disse Valério, referindo-se à BR-319, que liga Manaus a Porto Velho.
Valério também criticou o que chamou de “cultura do lacre” nas redes sociais, afirmando que suas palavras foram distorcidas por militantes digitais. “Quem quiser, que lacre”, declarou o senador, reforçando que não se arrepende do comentário, embora reconheça que poderia ter se expressado de forma diferente.
A ministra Marina Silva, por sua vez, classificou a declaração como uma incitação à violência contra a mulher e afirmou que “só psicopatas são capazes de fazer isso”. Ela também destacou que dificilmente um homem seria alvo de uma fala semelhante, apontando para o machismo presente na política brasileira.
