Ex-presidente negou incentivo ao 8 de janeiro, assinaturas golpistas e pediu desculpas a Moraes

Reprodução/STF
Bolsonaro iniciou o depoimento pedindo desculpas ao ministro Alexandre de Moraes por declarações anteriores em que alegava, sem provas, que ele teria recebido US$ 50 milhões. Disse que se tratava de um “desabafo” e que não tinha comprovação.
Negativa de incentivo ao 8 de janeiro
O ex-presidente negou qualquer envolvimento nos atos de 8 de janeiro e afirmou que as invasões aos prédios dos Três Poderes “não preenchem os requisitos de golpe”. Segundo ele, os envolvidos eram “pobres coitados” e não houve organização.
Minutas golpistas e decretos de exceção
Questionado sobre minutas de decretos para instaurar estado de defesa ou de sítio, Bolsonaro declarou que nunca assinou nenhum desses documentos. Afirmou também que não orientou ninguém a fazê-lo.
Reuniões com ministros e críticas ao sistema eleitoral
Admitiu que houve reuniões em que expressou críticas ao sistema eleitoral, mas negou que fossem planos para interferir no processo democrático. Justificou as falas como desabafos sobre o que considerava irregularidades, sem intenção golpista.
Proibição de provas pela defesa
Durante o depoimento, a defesa tentou apresentar vídeos como parte da argumentação, mas Moraes indeferiu o pedido, lembrando que provas devem ser protocoladas nos autos, e não durante interrogatório.
Afirmações finais
Bolsonaro reiterou que “jogou dentro das quatro linhas”, e que nunca incentivou rupturas institucionais. Disse ter atuado por “paixão pelo Brasil”, e negou ter buscado se manter no poder de forma ilegal.