PDT rompe com governo Lula na Câmara, mas Senado mantém apoio

Saída de Carlos Lupi da Previdência expõe divergências internas no partido e fragiliza base aliada do Planalto

Reprodução/Flickr Embratur

A bancada do PDT na Câmara dos Deputados anunciou nesta terça-feira (6) que deixará a base de apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, adotando uma postura de independência. A decisão, tomada por unanimidade entre os 17 deputados federais do partido, ocorre após a saída de Carlos Lupi do comando do Ministério da Previdência Social, em meio a investigações sobre fraudes no INSS.

Segundo o líder da bancada, deputado Mário Heringer (MG), a decisão não representa uma retaliação, mas reflete um acúmulo de insatisfações com a condução do governo. Heringer afirmou que o PDT não se posicionará como oposição, mas adotará uma postura independente, votando conforme seus próprios critérios.

A substituição de Lupi por Wolney Queiroz, também do PDT, mas sem consulta à bancada, foi vista como um desrespeito ao partido. Deputados argumentam que Lupi não é citado nas investigações e que a escolha de Queiroz foi uma decisão pessoal de Lula.

Em contraste, a bancada do PDT no Senado decidiu manter o apoio ao governo. Os senadores Weverton Rocha (MA), Ana Paula Lobato (MA) e Leila Barros (DF) afirmaram que a decisão foi baseada na afinidade com o projeto de desenvolvimento do governo e nas pautas em discussão no Senado. Eles ressaltaram que, apesar da divergência, o partido segue unido em defesa dos ideais trabalhistas.

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que respeita a decisão da bancada do PDT na Câmara e que o governo continuará dialogando com o partido.

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