Moraes revoga prisão de Gilson Machado após operação da PF no Recife

Ex-ministro responderá em liberdade com medidas cautelares; investigação sobre passaporte de Mauro Cid continua

Reprodução/Agência Brasil

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou na noite de sexta-feira (13) a prisão preventiva do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, decretada em operação coordenada pela Polícia Federal em Recife. A detenção preventiva foi substituída por medidas cautelares, como proibição de contato com outros investigados, cancelamento de passaporte e apresentação quinzenal à Justiça.

Machado havia sido preso mais cedo, atendendo a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) no âmbito da investigação que apura tentativa de emitir passaporte português irregular para Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Bolsonaro. A PGR também solicitou mandados contra Cid.

Ao determinar a prisão de Machado, Moraes orientou a PF a agir sem “espetacularização” da medida. Apesar disso, após a revogação, o ex-ministro obedeceu aos termos das cautelares.

No mesmo dia, Moraes havia emitido mandado de prisão preventiva contra Mauro Cid, mas revogou-o quando a PF já realizava diligências em sua residência em Brasília. Cid foi conduzido para prestar depoimento à autoridade policial, ainda sob investigação.

A apuração, conduzida no âmbito da Operação Marco Zero, investiga suposta tentativa de fugida articulada por Machado para Cid, com documentação possivelmente fraudulenta, além de ações relacionadas a investigação sobre golpe de Estado, milícias digitais e envio de joias sauditas.

Além das restrições, Gilson Machado terá que prestar esclarecimentos periódicos. Mauro Cid permanece sob custódia da PF para depoimento, com análise de documentos, celulares e mensagens.

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