Ministro do STF considera impertinente contestação neste estágio processual

Reprodução/STF
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido da defesa de Jair Bolsonaro para anular o acordo de delação premiada feito por seu ex-ajudante de ordens, tenente‑coronel Mauro Cid.
O recurso foi apresentado na segunda-feira (16), após reportagens da revista Veja que indicam que Cid teria divulgado mensagens no Instagram criticando investigadores e comentando sobre seu acordo de colaboração, o que configuraria violação do sigilo previsto no pacto.
Moraes argumentou que o “atual momento processual é absolutamente inadequado para pedidos protelatórios, caracterizados por repetição de pedidos indeferidos anteriormente”.
Durante a delação, Cid também negou ser o autor das mensagens atribuídas ao perfil @gabrielar702 no Instagram. Em sua defesa, classificou como “mentirosas” as alegações da revista sobre o conteúdo exposto .
Esta é mais uma etapa do inquérito que apura a trama golpista da tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O ministro já havia autorizado acareações envolvendo Mauro Cid, o ex-ministro Braga Netto e outros réus, e determinou que a Meta (empresa dona do Instagram) forneça dados relacionados ao perfil em questão.
No STF, o processo segue para apresentação das alegações finais, já finalizados os interrogatórios. A defesa de Bolsonaro vinha alegando que Cid teria falado sob coação, com base nos áudios atribuídos ao Instagram.