Mendonça requisita informações à PF e órgãos federais sobre fraudes no INSS

Ministro do STF exige dados detalhados sobre inquéritos, entidades investigadas e casos de descontos indevidos

Reprodução/STF

O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Advocacia-Geral da União (AGU), Polícia Federal (PF), Controladoria-Geral da União (CGU), Tribunal de Contas da União (TCU) e o próprio INSS forneçam informações sobre suspeitas de fraudes envolvendo descontos irregulares em benefícios previdenciários.

Mendonça listou 19 pontos que devem ser esclarecidos, entre eles:

  • volume de pedidos de cancelamento de descontos apresentados desde 24 de abril de 2025;
  • existência de canal exclusivo para atendimento aos segurados afetados;
  • lista de processos abertos ou em andamento pela CGU e TCU;
  • alertas feitos pelas controladorias internas ao INSS;
  • detalhes sobre inquéritos em curso pela PF, incluindo entidades investigadas — como sindicatos, associações e instituições financeiras.

A iniciativa responde a ação movida pelo Instituto Nacional de Direito das Pessoas com Deficiência Oceano Azul, que aponta omissões e morosidade nas investigações, além da falta de transparência no atendimento aos segurados. O relator considera necessário garantir informações claras e completas para avaliar eventuais falhas nas operações do INSS.

A medida centraliza o foco no combate às fraudes conhecidas desde 2023 — inclusive após operações da PF que identificaram descontos indevidos por meio de empresas fictícias, prejudicando aposentados e pensionistas.

A ação também menciona que a AGU pediu ao STF a suspensão de processos judiciais que tratavam da restituição por esses descontos, argumentando risco à capacidade administrativa do INSS.

O prazo para resposta ainda não foi divulgado. As informações prestadas pelos órgãos serão avaliadas por Mendonça antes de novo posicionamento do STF.

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