Mauro Cid nega incentivos golpistas e assinatura de minutas por Bolsonaro

Ex-ajudante de ordens prestou depoimento ao STF na segunda-feira (9), reafirmando que ex-presidente não estimulou atos de 8 de janeiro nem assinou decretos golpistas

Reprodução/STF

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (9), negando em vários momentos a participação ativa do ex-presidente em atos golpistas.

Cid afirmou que não presenciou Bolsonaro incentivando as manifestações de 8 de janeiro de 2023, que resultaram na invasão e depredação dos Três Poderes. Perguntado se ouviu o ex-presidente motivar o movimento ou sugerir ações violentas, ele respondeu: “não senhor”.

Durante o interrogatório, Cid também refutou que Bolsonaro tenha assinado qualquer minuta — seja de estado de defesa ou estado de sítio — para cancelar decisões judiciais ou impor restrições autoritárias. Respondendo ao ministro Luiz Fux, o tenente-coronel negou: “Esse documento foi assinado?”, respondeu Cid: “não”.

Essas declarações fazem parte da série de depoimentos dos réus do chamado “núcleo crucial” do inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022–2023. Cid é o primeiro do grupo a prestar esclarecimentos, prevista entre os dias 9 e 13 de junho no STF.

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