Evento político liderado por Jair Bolsonaro e Silas Malafaia cobrou ações do STF e defendeu maioria conservadora no Congresso
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No domingo (29), por volta das 14h, manifestantes apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) iniciaram na Avenida Paulista o protesto “Justiça Já”, em defesa do julgamento relacionado à trama golpista no STF. O ato foi convocado por Bolsonaro e pelo pastor Silas Malafaia.
O Monitor do Debate Político do Cebrap e a ONG More in Common, ambos ligados à USP, estimaram a presença em 12,4 mil pessoas às 15h40, com margem de erro de 1,5 mil, número inferior aos 44,9 mil registrados em abril na mesma via.
Aliados atribuíram a menor participação à simultaneidade com o jogo do Flamengo e ao fim do mês, com público, segundo o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), “pagando passagem, mais despesas de Uber”.
Em seu discurso, Bolsonaro classificou o processo no STF como “fumaça de golpe” e afirmou que a meta da manifestação não era prendê-lo, mas “eliminá-lo”. Reiterou o apelo para eleger metade da Câmara e do Senado em 2026, afirmando: “Quem estiver na liderança vai mandar mais que o presidente da República”.
O ato reuniu governadores aliados – Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema (MG), Jorginho Mello (SC) e Cláudio Castro (RJ) – além de figuras do PL como Valdemar Costa Neto, Sóstenes Cavalcante e Coronel Zucco. O pastor Silas Malafaia também usou o microfone para atacar o ministro Alexandre de Moraes, chamando-o de “ditador da toga” e pedindo anulação da delação de Mauro Cid.
Além de críticas ao STF, os discursos abordaram a necessidade de fortalecer a presença conservadora no Congresso, rever decisões ligadas ao caso do dia 8 de janeiro e discutir um eventual indulto.
Ao final, o evento foi encerrado por volta das 16h, com os organizadores dizendo que o importante era a mensagem transmitida, independentemente do número de participantes