Autoridades municipais e estaduais buscam saída por terra diante do fechamento do espaço aéreo após ataque iraniano

Reprodução/AirNav Radar
O governo federal, por meio do Itamaraty, avalia a retirada por via terrestre, via Jordânia, de duas comitivas brasileiras – compostas por ao menos 41 prefeitos, secretários e o governador de Rondônia, Marcos Rocha – atualmente retidas em Israel.
Os grupos participavam de missões oficiais a convite de Israel e estavam em Tel Aviv e arredores quando o país foi alvo de um ataque com mais de 100 mísseis e drones lançados pelo Irã, em retaliação a ataques israelenses em solo iraniano. O espaço aéreo permanece fechado, impedindo voos comerciais e diplomáticos.
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, conversou neste sábado (14) com o chanceler jordaniano Ayman Safadi para acertar os termos da retirada pela fronteira. A ação terrestre é considerada a única rota segura viável no momento, enquanto persistir o cerco aéreo.
Entre os envolvidos estão os prefeitos Álvaro Damião (Belo Horizonte), Cícero Lucena (João Pessoa), Welberth Rezende (Macaé), Johnny Maycon (Nova Friburgo), além de secretários do Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul e integrantes do Consórcio Brasil Central.
Os brasileiros se encontram em hotéis com abrigos subterrâneos, seguindo recomendações da embaixada do Brasil em Tel Aviv. O Senado, por meio do presidente da Comissão de Relações Exteriores, Nelsinho Trad, também solicitou apoio da Força Aérea Brasileira — com uso de aeronave — se a retirada via Jordânia não for viável.
Em nota, o Itamaraty informou que mantém contato constante com as comitivas, solicita prioridade à segurança e aguarda aval das autoridades israelenses para retomar as operações diplomáticas e de apoio.