Vice dos EUA critica Newsom enquanto protestos enciumam Los Angeles por operação migratória

JD Vance reafirmou a narrativa federalista em meio à crise que envolve Guarda Nacional e governo da Califórnia

Reprodução/Gage Skidmore

O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, criticou diretamente o governador da Califórnia, Gavin Newsom, por sua postura durante os protestos em Los Angeles, desencadeados por operações do Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE). “Faça o seu trabalho. É tudo o que pedimos”, escreveu Vance no X, em referência às falhas percebidas na resposta de Newsom à mobilização civil.

Os protestos ganharam força após prisões relacionadas a operações migratórias em vários pontos da cidade, evoluindo de manifestações pacíficas para confrontos entre manifestantes e agentes federais e estaduais. Em resposta, o presidente Trump mobilizou cerca de 2 mil soldados da Guarda Nacional e colocou centenas de fuzileiros navais em prontidão — uma ação sem precedentes desde 1965, quando ocorreu a federalização da Guarda sem aval estadual.

Newsom reagiu acusando o governo federal de criar uma “crise fabricada” para usurpar o controle da segurança estadual, qualificando o uso das tropas federais como autoritário e ilegal. A prefeita de Los Angeles, Karen Bass, concordou que a intervenção era provocativa e desnecessária.

Apesar das tensões, o vice-presidente tentou reverter a narrativa local, alegando que as autoridades californianas estão omitindo responsabilidades na contenção dos protestos. A diferença de abordagem entre os níveis federal e estadual intensificou a disputa, usando as redes sociais como palanque político.

Em resposta, o governador Newsom acionou a Justiça para suspender a ação federal e preservar a soberania estadual. Na esfera federal, Trump defendeu o envio das tropas, afirmando que evitou que Los Angeles fosse “completamente aniquilada”, e criticou Newsom e Bass como “incompetentes”.

Enquanto isso, a prefeitura de Los Angeles e a polícia local mantêm um “alerta tático” em toda a cidade — uma decisão do LAPD diante de confrontos em rodovias e instalação de barricadas. CNN Brasil relata ainda que a mobilização militar incluiu mais de 700 fuzileiros navais, considerados “ditatoriais” por Newsom.

Compartilhe:
Publicidade

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *