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Mesmo com quase 150 mortos por fome, Netanyahu nega crise alimentar em Gaza

Primeiro-ministro afirma que “não há política de fome”, enquanto ONU denuncia bloqueio e desnutrição se agrava com mortes diárias

Créditos: Ali Jadallah/Anadolu/ Getty Images

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou nesta segunda-feira (28) que “não há fome” na Faixa de Gaza e negou a existência de qualquer política israelense nesse sentido. A afirmação ocorre em meio ao aumento no número de mortes por desnutrição, que já somam 147 vítimas, segundo o Ministério da Saúde da Palestina, sendo 88 delas crianças.

A crise humanitária em Gaza se intensificou desde o início da guerra, em outubro de 2023, com severa escassez de alimentos e medicamentos. Agências da ONU alertam para os níveis alarmantes de desnutrição no território, ressaltando que a entrada de ajuda humanitária segue extremamente limitada, agravando a situação dos civis, especialmente crianças e idosos.

Diante da pressão internacional, o exército israelense anunciou uma “pausa tática” diária de 10 horas, das 10h às 20h (horário local), para permitir a passagem de ajuda humanitária. A medida inclui a criação de rotas seguras entre 6h e 23h, nas regiões de Cidade de Gaza, Deir al-Balah e Al Mawasi, onde não há presença ativa de tropas israelenses.

Apesar da medida, organizações internacionais apontam que a ajuda que entra em Gaza ainda é insuficiente diante da magnitude da crise. Na última atualização, o governo palestino informou 14 novas mortes por fome nas últimas 24 horas. A ONU voltou a pedir ações concretas para evitar uma catástrofe humanitária maior.

Créditos: Hani Alshaer/Anadolu/ Getty Images

Netanyahu reforçou que Israel seguirá com seus objetivos militares, afirmando que a guerra continuará até que o Hamas seja desmantelado e os reféns libertados. “Eles não existirão mais”, disse o primeiro-ministro. As declarações ampliam o contraste entre os relatos de campo e a postura oficial israelense sobre a fome em Gaza.

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