Israel amplia ataques e mira capacidade de fabricação de mísseis do Irã

Forças israelenses concentram ofensiva em fábricas de mísseis e instalações nucleares em múltiplas ondas de ataque

Reprodução/Instagram

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, brigadeiro-general Effie Defrin, informou que o país realizou três ondas de ataques a alvos ligados à fabricação de mísseis no Irã, com foco em fábricas de centrífugas e armamentos antitanque localizadas na região de Teerã. Na fase noturna da operação, aproximadamente 40 alvos foram bombardeados, incluindo uma instalação de enriquecimento de urânio e uma usina produtora de mísseis. À tarde, mais 20 alvos foram atingidos, seis deles diretamente vinculados à produção de mísseis.

A ação integra a chamada Operação Rising Lion, realizada com apoio de mais de 50 aeronaves de combate e inteligência fornecida pela Mossad. Fontes internacionais indicam que Israel alcançou supremacia aérea sobre Teerã, embora o avanço aumente a dependência de sistemas de defesa como Iron Dome e Arrow, ambos com estoques reduzidos e operando próximo ao limite.

Estima-se que os bombardeios já destruíram entre 30% e 40% da capacidade de mísseis do Irã, comprometendo lançadores e plataformas de foguetes. Em resposta, o Irã disparou mísseis balísticos, mas o volume de lançamentos diminuiu significativamente em razão da perda de infraestrutura. Diante da escalada, os Estados Unidos têm enviado reforços, incluindo interceptadores adicionais, alertando que Israel poderá esgotar suas reservas defensivas em até 12 dias. Especialistas observam que, embora os ataques tenham causado danos expressivos, dificilmente serão suficientes, por si só, para eliminar o programa nuclear iraniano.

No campo diplomático, a ofensiva israelense recebeu críticas de países islâmicos e de potências como China e Rússia. Por outro lado, Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha consideraram a ação justificável, diante da ameaça representada pelo avanço nuclear iraniano. A tensão, no entanto, elevou os riscos de represálias assimétricas, como o uso de células clandestinas e atentados contra alvos ocidentais.

O cenário regional segue instável. Analistas apontam que Israel deve manter a ofensiva, enquanto o Irã tende a responder com menor intensidade. A comunidade internacional, por sua vez, intensifica os apelos por contenção e retomada do diálogo diplomático.

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