Israel aceita proposta mediada por Trump; Hamas critica termos e avalia resposta
Reprodução/White House
Os Estados Unidos apresentaram uma proposta de cessar-fogo de 60 dias na Faixa de Gaza, visando interromper temporariamente o conflito entre Israel e o grupo Hamas. O plano inclui a libertação de 28 reféns israelenses, vivos e mortos, em troca de 1.236 prisioneiros palestinos e os restos mortais de 180 palestinos falecidos. Além disso, prevê a entrega de ajuda humanitária coordenada pela ONU, Crescente Vermelho e outras organizações assim que o Hamas aprovar o acordo.
A proposta, mediada pelo enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, conta com o apoio do presidente Donald Trump e dos governos do Egito e do Catar. Segundo a Casa Branca, Israel já aceitou os termos do cessar-fogo.
O Hamas, por sua vez, criticou a proposta, afirmando que ela não atende às demandas essenciais do povo palestino, como o fim imediato das hostilidades, a retirada das tropas israelenses e o compromisso com o término da guerra. Apesar das críticas, o grupo informou que está realizando uma análise minuciosa da proposta.
O plano também estabelece que os 30 reféns israelenses restantes seriam libertados mediante a implementação de um cessar-fogo permanente. Durante o período de trégua, Israel cessaria todas as operações militares em Gaza e retiraria suas tropas de forma gradual .
A situação humanitária em Gaza permanece crítica. Apesar da retomada limitada das entregas de ajuda após o fim de um bloqueio de 11 semanas imposto por Israel, as condições continuam catastróficas, com risco iminente de fome. A ONU conseguiu transportar apenas cerca de 200 caminhões de ajuda nos últimos 12 dias, enfrentando obstáculos como insegurança e restrições de acesso impostas por Israel.
A proposta de cessar-fogo surge em meio a uma crescente pressão internacional sobre Israel para permitir maior acesso à ajuda humanitária e encerrar o conflito. O Papa Leo apelou por um cessar-fogo em Gaza e pediu que Israel e o Hamas respeitem completamente o direito humanitário internacional.
