Bilionário deixa Departamento de Eficiência Governamental após críticas a medidas fiscais da Casa Branca

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Elon Musk anunciou sua saída do governo de Donald Trump, encerrando sua atuação como funcionário especial no Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), órgão criado para promover cortes de gastos e modernização administrativa nos Estados Unidos. O desligamento ocorre após críticas públicas de Musk ao pacote fiscal bilionário proposto pela Casa Branca, que, segundo ele, aumenta o déficit federal e contraria os objetivos do DOGE.
Em publicação na plataforma X, Musk agradeceu a Trump pela oportunidade e afirmou que a missão do DOGE “se fortalecerá ao longo do tempo”. Embora seu cargo tivesse duração limitada a 130 dias, fontes da Casa Branca indicam que a saída foi acelerada após divergências com o governo.
Durante sua gestão, Musk liderou cortes significativos no funcionalismo público e buscou eliminar desperdícios administrativos. No entanto, seu plano inicial de economizar US$ 2 trilhões foi revisto para US$ 150 bilhões, valor que ainda enfrenta questionamentos sobre sua veracidade.
A saída de Musk também coincide com desafios enfrentados por suas empresas. A Tesla, por exemplo, registrou queda de 22% no valor de mercado e 40% nas vendas na Europa desde o início de sua participação no governo. Além disso, Musk enfrenta investigações sobre práticas empresariais controversas, como uma loteria milionária para atrair eleitores republicanos.
Com o retorno ao setor privado, Musk pretende concentrar esforços na Tesla, SpaceX e na startup de inteligência artificial xAI. Analistas de mercado veem a decisão como positiva para as empresas, refletida na valorização das ações da Tesla após o anúncio.