Presidente dos EUA diz que manterá presidente do banco central no cargo até 2026, apesar de pressões por corte de juros

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (4) que não pretende demitir Jerome Powell da presidência do Federal Reserve (Fed) antes do término de seu mandato, previsto para maio de 2026. Durante entrevista ao programa “Meet the Press”, da NBC News, Trump declarou: “Não, não, não. Isso nunca esteve nos planos — por que eu faria isso? Em pouco tempo poderei indicar outra pessoa”.
Apesar de garantir a permanência de Powell no cargo, Trump voltou a criticar a condução da política monetária pelo Fed, especialmente a manutenção das taxas de juros. Segundo o presidente, o banco central deveria reduzir os juros imediatamente, mas isso não ocorre porque Powell “não é seu fã”.
A relação entre Trump e Powell tem sido marcada por tensões desde o primeiro mandato do republicano. Embora tenha sido nomeado por Trump em 2017, Powell passou a ser alvo de críticas do presidente por não reduzir os juros com a rapidez desejada. Recentemente, Trump intensificou as pressões, chegando a sugerir que poderia forçar a saída de Powell do cargo.
Legalmente, a remoção do presidente do Fed antes do fim do mandato é uma questão controversa. O Federal Reserve é uma instituição independente, e há dúvidas sobre a autoridade do presidente dos EUA para demitir seu chefe sem justa causa. A Suprema Corte dos EUA está analisando casos que podem impactar essa questão, especialmente no que diz respeito à autonomia de agências reguladoras.
A próxima reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) está marcada para os dias 6 e 7 de maio. Apesar das pressões de Trump, o mercado espera que o Fed mantenha as taxas de juros no patamar atual, entre 4,25% e 4,5%, diante das incertezas econômicas e dos impactos das recentes políticas tarifárias do governo.