Saldo negativo chega a US$ 15,8 bilhões, superando marca da pandemia

Foto: Internet
O Brasil viveu no primeiro trimestre de 2025 a maior fuga de dólares já registrada desde o início da série histórica do Banco Central, em 1982. De janeiro a março, o saldo do fluxo cambial ficou negativo em US$ 15,8 bilhões, ultrapassando a marca anterior de US$ 11,4 bilhões registrada no mesmo período de 2020, durante o auge da pandemia de covid-19.
A informação foi publicada pelo Poder360, com base em dados divulgados pelo Banco Central, que apontam que só no mês de março deste ano, o país contabilizou a saída de US$ 8,3 bilhões. O número expressivo reflete uma pressão externa significativa sobre a economia brasileira, indicando movimentos de investidores e empresas em busca de maior segurança em meio ao cenário global e doméstico.
Especialistas ouvidos pelo Poder360 apontam que a intensificação da fuga de capitais pode estar relacionada a fatores como a elevação dos juros em economias avançadas e a percepção de riscos internos, que contribuem para o redirecionamento de recursos ao exterior.
A íntegra do relatório do Banco Central sobre o fluxo cambial do período está disponível para consulta pública.
O cenário levanta preocupações sobre os efeitos dessa saída de dólares para a estabilidade cambial e a economia nacional, especialmente no que diz respeito à pressão sobre o câmbio e possíveis impactos na inflação e no crescimento econômico.