Preços do petróleo disparam quase 9% com tensão entre Israel e Irã

Conflito e risco de bloqueio no Estreito de Hormuz elevam temor de interrupções no fornecimento; mercados reagem com queda global

Reprodução/Internet

Os preços do petróleo dispararam nesta sexta-feira (13), com o barril subindo quase 9%, em meio aos ataques realizados por Israel às instalações nucleares e militares do Irã — o maior movimento intradiário desde 2022. Por volta das 9h30 (horário de Brasília), o Brent chegou a US$ 75,19, enquanto o WTI alcançou US$ 73,71, registrando altas respectivas de até 8,8% e 8,7% .

O choque nos preços ocorre em meio ao receio de que o conflito evolua para um cerco ao Estreito de Hormuz, por onde passa quase um quinto do petróleo transportado por navios. Diante dessa expectativa, os gregos de energia global estão se antecipando a um possível aperto no abastecimento.

Aumento de preço também levou investidores a buscar ativos mais seguros: as bolsas mundiais recuaram, com os futuros dos índices americanos e europeus caindo cerca de 1%, enquanto o ouro ultrapassou os US$ 3.400 por onça, refletindo fuga de risco.

A reação foi além dos metais preciosos. As ações das companhias aéreas recuaram cerca de 5%, pressionadas pelos custos de combustível mais elevados e possíveis restrições de tráfego aéreo na região. Por outro lado, petrolíferas como BP e Shell valorizaram-se mais de 2%, beneficiadas pela valorização do barril.

Analistas apontam que, sem sinais de desescalada, os preços do petróleo poderão se manter em patamares altos (na faixa de US$ 70‑80), pressionados por preocupações contínuas sobre o fluxo de petróleo no Golfo Pérsico.

Compartilhe:
Publicidade

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *