Metal precioso atinge US$ 3.322,30 por onça-troy em meio a tensões comerciais e expectativa por política monetária dos EUA

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O preço do ouro registrou alta superior a 2% nesta segunda-feira (5), impulsionado por incertezas econômicas globais e pela cautela dos investidores antes da próxima decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos.
Na Comex, divisão de metais da Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex), o contrato do ouro para junho avançou 2,44%, fechando cotado a US$ 3.322,30 por onça-troy. A valorização foi favorecida pela queda do índice do dólar americano, que chegou a operar abaixo do patamar de 100, aumentando a atratividade do metal como ativo de proteção.
O movimento ocorre após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar no domingo (4) uma tarifa de 100% sobre filmes estrangeiros, medida que reacendeu temores de uma nova escalada na guerra comercial global. Embora a Casa Branca tenha afirmado nesta segunda-feira que nenhuma decisão definitiva foi tomada, Trump indicou que não há negociações previstas com a China nesta semana, embora tenha sinalizado abertura para reduzir tarifas sobre o país asiático em algum momento.
A expectativa em relação à próxima reunião do Fed também contribui para o aumento da demanda por ativos considerados seguros, como o ouro. A maioria dos economistas espera que o Fed mantenha a taxa de juros inalterada, aguardando maior clareza sobre os impactos das tarifas e outras incertezas econômicas antes de tomar novas decisões.
Combinados, esses fatores reforçam o apelo do ouro como reserva de valor em tempos de volatilidade, levando o metal a registrar uma das maiores altas diárias recentes.