Nissan anuncia demissão de 20 mil funcionários e fechamento de sete fábricas até 2027

Montadora japonesa enfrenta prejuízo de US$ 4,5 bilhões e lança plano de reestruturação global para evitar colapso financeiro

Reprodução/Instagram

A Nissan Motor Co. anunciou nesta semana um plano de reestruturação global que prevê a demissão de aproximadamente 20 mil funcionários — cerca de 15% de sua força de trabalho — e o fechamento de sete fábricas até o ano fiscal de 2027. A medida visa conter os prejuízos acumulados e evitar um colapso financeiro.

A montadora japonesa registrou um prejuízo líquido de 670,9 bilhões de ienes (aproximadamente US$ 4,5 bilhões) no exercício fiscal encerrado em março de 2025, revertendo o lucro de 426,6 bilhões de ienes obtido no ano anterior. A queda nas vendas, especialmente nos mercados da China e dos Estados Unidos, além do impacto de tarifas comerciais impostas por Washington, contribuíram para o resultado negativo.=

O plano de reestruturação, batizado de “Re:Nissan”, inclui a redução do número de fábricas de 17 para 10, com encerramento de unidades no Japão e em outros países. A empresa também cancelou a construção de uma nova planta de baterias em Kyushu, no Japão, e pretende cortar custos em 500 bilhões de ienes (cerca de US$ 3,4 bilhões) até 2027.

As demissões afetarão setores como manufatura, pesquisa e desenvolvimento, marketing e administração. A Nissan não especificou quais fábricas serão fechadas, mas confirmou que a unidade de Sunderland, no Reino Unido, não está entre as que serão desativadas.

O novo CEO da Nissan, Ivan Espinosa, que assumiu o cargo em abril, afirmou que a empresa precisa “priorizar o autoaperfeiçoamento com maior urgência e rapidez, visando à lucratividade com menos dependência do volume”. Ele destacou que a montadora enfrentará um “ano de transição” em 2025, com foco na recuperação da rentabilidade até o exercício fiscal de 2026.

A Nissan também enfrenta desafios adicionais, como o fracasso nas negociações de fusão com a Honda e a necessidade de fortalecer sua linha de veículos elétricos para competir com montadoras chinesas como BYD e Geely. A empresa planeja aumentar a produção de veículos elétricos, especialmente na fábrica de Sunderland, no Reino Unido.

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