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Ibovespa fecha primeiro semestre com alta de 15%, melhor desempenho desde 2016

Bolsa reverte perdas de 2024, atrai fluxo estrangeiro e se beneficia de juros altos e otimismo global

Reprodução/Instagram

A bolsa brasileira encerrou o primeiro semestre de 2025 com valorização de 15,4%, consolidando seu melhor desempenho desde 2016, quando também registrou forte recuperação, conforme dados do InfoMoney e levantamento de mercado. O resultado reflete uma reversão significativa após a queda acumulada de 10,08% no ano anterior, impulsionada por um ambiente de juros elevados e ativos com preços historicamente atrativos.

O movimento de alta foi sustentado por entrada recorde de capital estrangeiro, cerca de R$ 12 bilhões no trimestre, em contraste com a fuga do investidor internacional registrada em 2024. A Selic elevada, atualmente em 14,25 % ao ano, continua a atrair recursos, enquanto a bolsa apresenta valuation competitivo, com vários papéis subvalorizados, apontam analistas de instituições como Análise Econômica, Valor Investimentos e Inter.

No aspecto externo, a Bolsa se beneficiou da rotação global de investimentos. O receio de recessão nos Estados Unidos, associado a incertezas sobre tarifas e política monetária, levou investidores a buscarem alternativas em mercados emergentes como o Brasil. Além disso, estímulos econômicos na China reforçaram o apetite por commodities, favorecendo empresas exportadoras listadas na B3.

Enquanto isso, o dólar recuou aproximadamente 12% no semestre — quase 7% só no primeiro trimestre — beneficiado pela valorização do real frente à maioria das moedas emergentes . Esse cenário de queda cambial reduziu parte da pressão inflacionária e reforçou a confiança dos investidores em ativos menos atrelados à renda fixa.

O avanço no mercado de ações foi acompanhado pelo otimismo quanto a uma possível desaceleração da alta dos juros e à perspectiva de alternância política. Especialistas do Inter e da Nomos destacam que essa combinação tende a prolongar o ciclo de valorização da bolsa, com novas oportunidades em setores sensíveis a cortes na Selic.

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