Mercado opera com cautela em dia de alta volatilidade; investidores acompanham cenário externo e indicadores locais

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O dólar iniciou esta quarta-feira (30) em alta frente ao real, revertendo a sequência de oito sessões consecutivas de queda, enquanto o Ibovespa operava em leve baixa, refletindo o nervosismo global com a desaceleração da economia dos Estados Unidos. Às 10h54, a moeda americana avançava 0,80%, sendo cotada a R$ 5,6657, enquanto o principal índice da bolsa brasileira caía 0,26%, aos 134.744,77 pontos.
O movimento foi influenciado pela divulgação de dados econômicos nos EUA, como a contração inesperada do PIB no primeiro trimestre de 2025 — com queda de 0,3%, frente a uma expectativa de crescimento de 0,3% — e o relatório de empregos da ADP, que mostrou a criação de apenas 62 mil vagas no setor privado em abril, bem abaixo das 115 mil previstas.
Esses dados reforçaram a percepção de desaceleração da maior economia do mundo, especialmente após o anúncio de tarifas de importação pelo presidente Donald Trump, aumentando o temor de recessão global. O mercado aguardava com cautela novos dados, como o índice PCE, referência para decisões do Federal Reserve sobre a política monetária.
No cenário doméstico, o IBGE informou que o desemprego no Brasil subiu para 7,0% no primeiro trimestre, ante 6,2% no último trimestre de 2024. Apesar disso, a dívida bruta do governo geral recuou para 75,9% do PIB, favorecida pelo crescimento econômico e resgate de títulos.
Mais tarde, o mercado acompanha a divulgação de novos dados sobre geração de empregos formais em março e o fechamento da taxa Ptax do mês, importante para liquidação de contratos futuros.
Abril foi marcado por forte volatilidade no câmbio, com o dólar variando cerca de 37 centavos ao longo do mês, entre R$ 5,9985 e R$ 5,6290. As incertezas sobre a política comercial dos EUA e as declarações de Trump contra o presidente do Fed, Jerome Powell, contribuíram para o ambiente instável.