Descontos irregulares no INSS podem ter causado prejuízo de até R$ 4 bi, estima novo ministro

Beneficiários poderão requerer reembolso em plataforma “Meu INSS”; esquema investigado desde 2020

Reprodução/Agência Brasil

O ministro da Previdência, Wolney Queiroz, afirmou que fraudes envolvendo descontos indevidos em benefícios previdenciários podem ter causado prejuízo de até R$ 4 bilhões aos aposentados e pensionistas, conforme revelou a operação “Sem Desconto” da Polícia Federal.

Investigação da CGU e da PF aponta que até 4,1 milhões de beneficiários podem ter tido valores debitados sem autorização — por entidades e sindicatos — entre 2019 e 2024. Estima-se que 64% desses descontos tenham ocorrido nos dois anos mais recentes.

A operação “Sem Desconto”, deflagrada em abril de 2025, cumpriu 211 mandados de busca e apreensão e seis de prisão temporária em 13 estados e no DF. Um bilhão de reais já foi recuperado pela PF em bens e valores vinculados ao esquema.

Wolney Queiroz anunciou que o INSS criará atendimento para vítimas nas agências e no aplicativo “Meu INSS”, onde será possível solicitar reembolso dos descontos não autorizados. O governo ainda não divulgou o valor exato a ser restituído nem o cronograma para os pagamentos.

O ministro frisou que as fraudes foram relatadas à PF ainda em 2020, mas a resposta das autoridades foi considerada insuficiente. O presidente da autarquia na época, Carlos Lupi, renunciou ao cargo após o escândalo vir à tona.

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