Impasse entre empresa e sindicato mantém paralisação; oferta de reajuste gera críticas

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A cidade de Guarujá enfrenta nesta quarta-feira (25) uma greve no transporte coletivo, iniciada por tempo indeterminado pelos 643 funcionários da City Transportes, concessionária responsável pelo serviço. A paralisação, aprovada em assembleia durante a madrugada, afeta diretamente os usuários dos 136 ônibus que circulam no município, sendo 367 motoristas entre os grevistas.
Para minimizar os impactos à população, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) determinou, em caráter liminar, o funcionamento integral da frota nos horários de pico, das 6h às 9h e das 16h às 19h. Nos demais períodos do dia, apenas metade dos veículos deverá circular.
O movimento grevista ocorre em meio a impasses nas negociações salariais. A City Transportes ofereceu um reajuste linear de 6,5% nos salários e benefícios, com retroativo a maio. No entanto, o Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários de Santos e Região rejeitou a proposta, apontando defasagem em benefícios como o vale-refeição, cuja reivindicação é de R$ 40 por dia, frente aos R$ 37,33 atuais, e a cesta básica, solicitada em R$ 177,60, contra os R$ 170,40 propostos.
Para Betinho Simões, vice-presidente do sindicato, a empresa agiu de forma desproporcional ao recorrer à Justiça. “Por tão pouco, preferiram o caminho judicial. Estamos falando de uma diferença de R$ 2,67 por dia no vale e R$ 7,20 na cesta”, afirmou.
Em nota oficial, a City Transportes defendeu sua proposta, alegando que o reajuste supera a média do setor, com reposição da inflação e ganho real. A empresa garantiu que não há atrasos salariais e reforçou o compromisso com o diálogo para buscar um acordo sem prejudicar o transporte da cidade.
Enquanto o impasse persiste, os usuários devem se preparar para a redução da oferta de ônibus fora dos horários de pico. Uma nova rodada de negociações está prevista ainda para esta quarta-feira.
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