Venezuelano vê no Tricolor “salto de carreira”, e diretoria alvinegra sinaliza liberação
Créditos: Ernesto Guzmán Jr / EFE
O atacante Yeferson Soteldo sinalizou à diretoria do Santos que deseja sair do clube para defender o Fluminense.
Em contato direto com membros do comitê de futebol, o atacante alegou que a mudança para o Tricolor representaria um passo importante em sua trajetória profissional. A mensagem acelerou as conversas entre os clubes, com o Peixe disposto a liberar o jogador desde que as condições exigidas sejam atendidas a tempo.
Desta forma, o Fluminense corre contra o relógio, uma vez que a data limite para inscrição de novos atletas no Mundial de Clubes, competição que o time disputará nos Estados Unidos, termina nesta terça-feira (10).
Até lá, os cariocas precisam formalizar a proposta e acertar os termos com o staff do jogador. A diretoria santista vê com bons olhos a negociação, entendendo que é contraproducente manter no elenco um jogador insatisfeito e cujo histórico recente foi marcado por lesões musculares e baixo rendimento técnico.
Soteldo, que pertence 50% ao Santos, já está recuperado da última lesão sofrida em abril e vem atuando normalmente pela seleção da Venezuela. Em 2024, foi emprestado ao Grêmio, onde teve sua melhor sequência de jogos dos últimos anos, com 41 partidas, sete gols e quatro assistências.
No Fluminense, reencontraria Renato Gaúcho, seu ex-comandante, que já manifestou publicamente o interesse em contar com o atleta para reforçar o setor ofensivo, especialmente pelo perfil de jogador de drible e velocidade, características em falta no atual elenco tricolor.
Além do aspecto esportivo, a eventual venda de Soteldo também se insere no contexto de reorganização financeira do clube. A saída do venezuelano permitiria ao Santos aliviar a folha salarial e abrir espaço para reforços pontuais, sem deixar de lado compromissos já firmados, como o pagamento de valores milionários relativos ao contrato de Neymar.
Neymar e Covid-19
O camisa 10 do Santos, Neymar, testou positivo para Covid-19 e está afastado dos treinos. O clube confirmou o diagnóstico em nota oficial publicada no último sábado (8), após o jogador apresentar sintomas virais durante a semana.
“Com quadro viral iniciado na quinta-feira (5), o atleta Neymar Jr. foi submetido a exames laboratoriais, após avaliação do Departamento Médico do Santos FC, que confirmaram infecção por Covid-19. O jogador já estava afastado das atividades, desde a quinta-feira, quando iniciou os sintomas, segue em repouso em sua casa e em tratamento sintomático, por determinação médica”, comunicou o clube.
Embora Neymar já fosse desfalque na próxima rodada do Brasileirão devido a suspensão, o diagnóstico amplia a incerteza sobre sua preparação física e o cronograma de treinos neste mês decisivo para o futuro. O atacante, que chegou em março ao clube com contrato até 30 de junho, ainda não teve a renovação oficializada, apesar de negociações em andamento.
O presidente Marcelo Teixeira afirmou recentemente que há um acordo para a extensão do vínculo de imagem até 2026, mas evitou cravar a continuidade do camisa 10 em campo após julho. O clube deverá desembolsar cerca de R$ 85 milhões à empresa dos pais do jogador pelos direitos de exploração comercial, cifra que pressiona o orçamento e exige cautela da gestão.
Jogo-treino
Enquanto lida com negociações e desfalques, o Santos foi a campo na manhã do último sábado (8) para um jogo-treino contra a Portuguesa Santista, no CT Rei Pelé.
Com muitos testes e alterações, o Peixe venceu o teste por 2 a 1 (gols marcados por Thaciano e Tiquinho Soares; Alex descontou para a Briosa). A atividade serviu como preparação para o confronto desta quinta-feira (12) contra o Fortaleza, pela 12ª rodada do Brasileirão.
Além de Neymar, o goleiro Gabriel Brazão também foi poupado, enquanto o lateral-direito Aderlan se reapresentou após se recuperar completamente de dores musculares na coxa direita. Ele iniciou como titular e voltou a campo no segundo tempo, mostrando boas condições físicas.
O técnico Cleber Xavier aproveitou o amistoso para dar minutagem a jogadores pouco utilizados e testar formações alternativas. A equipe iniciou o primeiro tempo com: João Paulo; Aderlan (Escobar), Luisão, Luan Peres e Souza; Zé Rafael, Diego Pituca e Rollheiser; Barreal, Thaciano e Luca Meirelles (Guilherme).
Na etapa final, o time voltou com Diógenes; Zé Ivaldo, Gil, Basso (Aderlan) e Escobar (Kevyson); João Schmidt, Gabriel Bontempo e Hyan (Luca Meirelles); Gabriel Veron (Andrey Quintino), Guilherme (Mateus Xavier) e Tiquinho Soares.
O resultado positivo pouco importa diante do objetivo principal: manter ritmo competitivo para quem vem atuando menos, ajustar posicionamentos e monitorar a recuperação física de nomes importantes.
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