Ancelotti estreia em território nacional com chances de antecipar classificação ao Mundial
Créditos: @rafaelribeirorio I CBF
A Seleção Brasileira volta a campo nesta terça-feira (10), às 21h45 (de Brasília), para enfrentar o Paraguai pela 16ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026. O confronto acontece na Neo Química Arena, em São Paulo, e será transmitido pela TV Globo e pelo SporTV.
O duelo marca a primeira partida de Carlo Ancelotti no comando da Seleção em solo brasileiro. Após estrear com um empate sem gols diante do Equador, em Guayaquil, na última quinta-feira (5), o técnico italiano terá seu primeiro contato com a torcida nacional.
A partida também pode selar a classificação antecipada à Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, no Canadá e no México. Para isso, além da vitória sobre os paraguaios, a Seleção Brasileira precisa torcer por um tropeço da Venezuela diante do Uruguai, em Montevidéu.
Com 22 pontos já conquistados, o Brasil ocupa a quarta colocação nas Eliminatórias, atrás de Argentina (31), Paraguai (24) e Equador (23). O duelo, portanto, carrega peso duplo: além da busca por uma vaga na Copa, representa a chance de abrir vantagem sobre um concorrente direto na classificação.
Ancelotti tem buscado soluções para tornar a equipe mais eficiente ofensivamente. A Seleção vem de um empate sem brilho contra o Equador, no qual teve dificuldades para criar chances claras de gol. A falta de fluidez no setor ofensivo acendeu o alerta da comissão técnica, que promoveu alterações importantes nos treinos realizados no último final de semana.
Durante as atividades que ocuparam o CT Joaquim Grava no domingo (8), Ancelotti testou Matheus Cunha como titular no comando de ataque, ocupando a vaga de Richarlison. O atacante do Manchester United já havia substituído o camisa 9 do Tottenham no segundo tempo da partida em Guayaquil e agradou pela movimentação e dinâmica.
Ao lado de Cunha, completaram o trio ofensivo Raphinha, que retorna de suspensão, e Vinicius Júnior. A ideia do treinador é utilizar um centroavante mais móvel, que atue fora da área com maior liberdade para abrir espaços e permitir infiltrações dos pontas.
Ancelotti tem destacado as diferenças entre Cunha e Richarlison: enquanto o segundo atua como referência fixa dentro da área, o primeiro oferece mais opções de movimentação e aproximação, o que pode beneficiar o estilo de jogo de Vini Jr. e Raphinha.
Antes do treinamento, Ancelotti reuniu os jogadores para discutir as mudanças e ajustar o posicionamento ofensivo. A proposta é dar maior fluidez ao ataque e explorar os espaços com velocidade — aspectos que foram considerados deficientes no empate contra os equatorianos.
Além da troca no comando do ataque, a comissão técnica também ensaiou alternativas táticas ao longo da preparação. Em parte do treino coletivo, o treinador utilizou uma formação com quatro atacantes, sacando Gerson ou Bruno Guimarães do meio-campo para promover as entradas de Gabriel Martinelli e até mesmo de Richarlison, em uma configuração mais agressiva.
Apesar do equilíbrio atual na tabela, o retrospecto do confronto é amplamente favorável à Seleção Brasileira. Em 84 partidas disputadas entre as duas seleções, o Brasil se sagrou vencedor em 50 oportunidades. Quando o mando é brasileiro, o domínio se torna ainda mais expressivo: são 24 vitórias, nove empates e apenas uma derrota.
Nas Eliminatórias, o Paraguai jamais venceu o Brasil como visitante. A última vitória dos paraguaios sobre os brasileiros ocorreu em setembro de 2024, em Assunção, por 1 a 0, com gol do meio-campista Diego Gómez. Naquela ocasião, Dorival Júnior era o técnico da Seleção.
Ficha Técnica de Brasil x Paraguai
📆 Data: terça-feira, 10 de junho
🕘 Horário: 21h45 (de Brasília)
📍 Local: Neo Química Arena, São Paulo
📺 Transmissão: TV Globo e SporTV
Prováveis escalações
Brasil: Alisson; Vanderson, Marquinhos, Alex e Alex Sandro; Casemiro, Bruno Guimarães e Gerson (Estêvão); Raphinha, Matheus Cunha (Richarlison) e Vinicius Júnior.
Paraguai: Gatito Fernández; José Cáceres, Gustavo Gómez, Omar Alderete e Júnior Alonso; Matías Galarza, Diego Gómez, Andrés Cubas e Miguel Almirón; Antonio Sanabria e Julio Enciso.
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