Matheus Cunha e Raphinha podem estar entre os titulares no jogo contra o Paraguai

Créditos: @rafaelribeirorio I CBF
A Seleção Brasileira iniciou a semana com mudanças importantes na formação ofensiva visando o duelo contra o Paraguai, válido pela 16ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026.
No treino deste domingo (8), no CT Joaquim Grava, em São Paulo, o técnico Carlo Ancelotti testou Matheus Cunha como centroavante, ao lado de Raphinha e Vinicius Jr. no ataque — promovendo duas alterações em relação ao empate sem gols contra o Equador.
O retorno de Raphinha, que cumpriu suspensão na rodada anterior, já era esperado. A principal novidade, no entanto, foi a presença de Matheus Cunha na vaga de Richarlison, numa tentativa de dar mais mobilidade ao setor ofensivo. O atacante, recém-contratado pelo Manchester United, foi observado como titular ao longo da atividade.
Cunha já havia substituído Richarlison durante a partida em Guayaquil, e Ancelotti tem destacado publicamente a diferença de características entre os dois concorrentes. Enquanto o camisa 9 do Tottenham é mais fixo, atuando como referência na área, Cunha se movimenta com mais liberdade, o que favorece infiltrações de Vini Jr. e Raphinha nos espaços próximos ao gol.
Antes mesmo do treinamento, no sábado, o treinador italiano conversou com os jogadores para apresentar a possível mudança e orientar sobre os novos movimentos ofensivos. A ideia é oferecer maior fluidez e velocidade ao ataque, que apresentou dificuldades na criação de chances contra o Equador.
Durante o treino, Ancelotti também testou variações táticas, incluindo uma formação com quatro atacantes. Nesse cenário mais ofensivo, Gerson e Bruno Guimarães foram alternadamente sacados do meio-campo para as entradas de Gabriel Martinelli e Richarlison. A utilização desse esquema durante o jogo é considerada uma alternativa estratégica para o decorrer da partida.
A escalação definitiva será confirmada apenas no treino de segunda-feira (9), na Neo Química Arena, palco da partida. No restante do time, Ancelotti manteve a base com Alisson; Vanderson, Marquinhos, Alex e Alex Sandro; Casemiro, Bruno Guimarães e Gerson. O grupo realizou um treino coletivo com foco em construção ofensiva e marcação sob pressão.
Com 22 pontos, o Brasil ocupa a quarta colocação nas Eliminatórias, atrás de Argentina, Equador e Paraguai. A partida será às 21h45 (de Brasília), em São Paulo. Em caso de vitória e tropeço da Venezuela diante do Uruguai, em Montevidéu, a Seleção garantirá classificação antecipada para a Copa do Mundo de 2026.
Críticas de Richarlison
Enquanto observa a disputa por vaga no ataque, Richarlison falou abertamente sobre os desafios vividos pela Seleção desde a Copa do Mundo de 2022. Em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo portal GE, o atacante lamentou o ambiente conturbado nos bastidores da Confederação Brasileira de Futebol.
“Fora de campo estava uma bagunça”, disse. “Não foi só com o Dorival, também passaram o Diniz, o Ramon Menezes… e sabíamos a turbulência que estava a Seleção. Isso afetava dentro de campo.”
O jogador também criticou a falta de estabilidade no comando técnico e a pressão da imprensa, destacando que o “meio político da CBF” contribuiu para o clima de instabilidade. “O treinador não tinha tempo para trabalhar. Agora creio que isso mudou. O Mister (Ancelotti) vai ter um pouco mais de tempo”, afirmou.
Apesar de ter perdido espaço na equipe titular, Richarlison elogiou a chegada de Ancelotti, com quem viveu sua melhor fase no Everton, na Inglaterra. “Foi uma experiência com muitos gols para mim. Ele é um treinador vencedor e tem tudo para vencer na Seleção também.”
Sobre o empate contra o Equador, Richarlison reconheceu a dificuldade do confronto e a escassez de chances criadas. “Quando termina 0 a 0, as pessoas olham para a parte da frente. O peso do empate recai sobre os atacantes. Já me acostumei com isso. Agora é focar no próximo jogo”, concluiu.
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