Morre o Papa Francisco, o Pontífice que transformou a Igreja

Após 38 dias de internação, o líder católico faleceu aos 88 anos, deixando um legado de compaixão, justiça social

IMAGENS DE INTERNET

O Papa Francisco, um dos pontífices mais carismáticos e influentes da história recente, faleceu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, após 38 dias internado no hospital Gemelli, em Roma. A causa da morte foi uma bronquite que evoluiu para uma pneumonia bilateral. Francisco, visivelmente debilitado, apareceu pela última vez na sacada da Basílica de São Pedro no domingo (20) para a mensagem de Páscoa Urbi et Orbi, deixando suas palavras finais para a Igreja e o mundo. O Vaticano comunicou seu falecimento às 7h35 (horário de Roma), afirmando que “o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai”.

O Papa Francisco, o primeiro jesuíta e latino-americano a liderar a Igreja Católica, é lembrado por sua abordagem inovadora e humana em um papado marcado pela busca pela misericórdia e renovação da Igreja. Sua trajetória foi marcada por gestos de humildade, firmeza em questões sociais e uma postura inclusiva em relação aos mais pobres e marginalizados. Durante seu papado, ele foi uma voz constante contra as desigualdades, a favor da defesa dos direitos humanos e do meio ambiente.

Nascido Jorge Mario Bergoglio, em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, ele ingressou na Igreja Católica ainda jovem, formando-se em filosofia e teologia. Ordenado padre em 1969, tornou-se rapidamente uma figura de liderança na Igreja argentina. Nos anos 1980, enfrentou os desafios da repressão política durante a ditadura militar, sendo criticado por sua postura cautelosa, mas sempre defendendo a dignidade humana e a justiça social.

Ele se tornou arcebispo de Buenos Aires em 1998 e, em 2001, foi nomeado cardeal pelo Papa João Paulo II. Sua reputação como líder pastoral e social cresceu, com um foco constante na inclusão e no cuidado com os mais pobres. Conhecido por seu estilo simples e pela proximidade com as pessoas, Bergoglio foi eleito Papa em 2013, após a renúncia de Bento XVI, e adotou o nome Francisco, em homenagem a São Francisco de Assis, símbolo da simplicidade e da pobreza.

Desde então, o Papa Francisco se destacou por sua liderança acessível e engajada, com visitas frequentes a comunidades carentes e uma forte ênfase na importância de uma Igreja mais próxima da realidade do mundo contemporâneo. Sua encíclica Laudato Si’, publicada em 2015, trouxe à tona o debate sobre a crise ambiental, reforçando sua posição de que a preservação do meio ambiente é uma responsabilidade global urgente.

Além de seu ativismo social, Francisco promoveu o diálogo inter-religioso, realizando visitas históricas a países como o Iraque e o Egito, e tornando-se um símbolo de paz e reconciliação entre diferentes culturas e tradições religiosas. Sua postura pastoral foi marcada pela defesa dos direitos dos imigrantes e pela luta contra a desigualdade em várias frentes.

Nos últimos anos de seu pontificado, Francisco enfrentou desafios internos na Igreja, incluindo a necessidade de reformas estruturais e respostas a crises institucionais. No entanto, ele manteve uma liderança forte, sendo uma das figuras mais influentes no cenário global, não apenas como líder da Igreja Católica, mas também como uma voz importante nos debates sobre justiça social, mudanças climáticas e direitos humanos.

O legado do Papa Francisco será lembrado como o de um líder que procurou transformar a Igreja em uma instituição mais inclusiva, compassiva e voltada para os desafios do século XXI. Seu impacto transcendeu os limites do catolicismo, consolidando-o como um dos papas mais influentes de todos os tempos.

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