Medida preventiva visa conter disseminação do vírus em estado com forte produção avícola

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O governo de Minas Gerais decretou estado de emergência sanitária animal nesta terça-feira (27), após a confirmação de um caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves ornamentais no município de Mateus Leme, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A medida, com validade de 180 dias, foi publicada em edição extra do Diário Oficial do Estado.
O foco da doença foi identificado em um sítio onde eram criados dois gansos e um cisne negro silvestre, sem finalidade comercial ou para consumo humano. O vice-governador, Mateus Simões, atribuiu o contágio à passagem de aves migratórias pela região.
Com o decreto, o estado poderá mobilizar recursos humanos, materiais, tecnológicos e financeiros para ações de prevenção, contenção e enfrentamento da doença. As medidas seguirão os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e serão executadas em cooperação com o setor privado e o poder público.
Até o momento, não há registros de comprometimento da produção avícola mineira, que é a segunda maior produtora de ovos e a quinta em criação de galináceos no Brasil. As autoridades reforçam que a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne ou ovos devidamente cozidos e que o risco de transmissão para humanos é raro, ocorrendo principalmente em casos de contato direto com aves infectadas.
Em maio, como medida preventiva, Minas Gerais descartou 450 toneladas de ovos férteis provenientes de uma granja de Montenegro, no Rio Grande do Sul, onde foi confirmado o primeiro caso de gripe aviária em granja comercial no país.