Negociações em Genebra avançam e países devem divulgar termos do pacto nesta segunda-feira
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Os Estados Unidos e a China chegaram a um acordo preliminar para encerrar a guerra comercial que se intensificou ao longo de 2025. O anúncio oficial está previsto para esta segunda-feira (12), após dois dias de negociações entre autoridades dos dois países em Genebra, Suíça.
A delegação americana foi liderada pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, e pelo representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer. Do lado chinês, participou o vice-primeiro-ministro He Lifeng. Segundo representantes de ambos os governos, as conversas foram produtivas e resultaram em um esboço de compromisso que será detalhado nas próximas horas.
O entendimento surge após sucessivos aumentos de tarifas: os EUA elevaram as taxas sobre produtos chineses para até 145%, enquanto Pequim retaliou com tarifas de até 125% sobre mercadorias americanas. O presidente Donald Trump, que impôs as tarifas sob alegações de manipulação cambial, roubo de propriedade intelectual e exportações ilegais de fentanil, indicou que os novos níveis tarifários poderão ser reduzidos para faixas entre 50% e 60%.
O pacto inclui ainda a criação de um mecanismo bilateral de consulta econômica e comercial, voltado à resolução de conflitos futuros e à estabilização das relações. A expectativa é que essa estrutura contribua para evitar novas escaladas comerciais.
Analistas destacam que a guerra comercial afetou significativamente as economias das duas maiores potências do mundo. As exportações chinesas para os EUA encolheram, enquanto consumidores americanos enfrentaram aumento de preços. A sinalização de uma trégua é vista com otimismo pelos mercados e pelo setor produtivo.
A divulgação completa dos termos do acordo deve ocorrer ao longo desta segunda-feira, por meio de uma declaração conjunta entre os governos de Washington e Pequim.
